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sexta-feira, outubro 4, 2024

No Acre, vigilantes espancam morador de rua que procurava comida no lixo

Por Redação

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Um homem em situação de rua foi brutalmente agredido e humilhado após ser pego procurando comida no lixo, no centro de Rio Branco. O flagrante foi registrado por uma câmera de segurança e por testemunhas na noite de ontem, 10, por volta das 22h.

Imagens de uma câmera de segurança mostram um homem de identidade desconhecida revirando o lixo na rua Raimundo Fernandes Correia, próximo ao cruzamento com a travessa Guaporé, às 21h51min da noite de ontem. Minutos depois, um segurança chega de moto, acompanhado por outro segurança a pé. Eles parecem conversar com o morador de rua. Às 21h59min, o segurança que chegou a pé dá o primeiro golpe com o que aparenta ser um cabo de vassoura quebrado, e a sessão de tortura continua quando o morador de rua passa a receber golpes também do outro segurança.

Por três minutos, os seguranças permanecem com ameaças, pauladas, põem o morador de rua de joelhos e posteriormente deitado. O segurança que chegou de moto se identifica como um suposto pastor, e diz: “Sabe quem eu sou? Sou o pastor e esse pastor aqui é do milagre. Tá entendendo, porra? O pastor aqui faz milagre, meu filho”, tudo isso enquanto golpeia a pauladas o homem deitado.

“Tu tá lembrado que tu (inaudível) os outros aí?”, diz o homem. “Eu não faço isso não, acho que foi outro”, diz a vítima enquanto está deitada com um dos seguranças pisando em suas costas.

QUEM SÃO OS SEGURANÇAS

A reportagem não conseguiu confirmar a identidade dos agressores, mas testemunhas da região informam preliminarmente que um deles seria vigia da loja de luxo VLG, que vende roupas com foco no público de classe alta da cidade.

A gerente da loja VLG não soube informar se os agressores que aparecem no vídeo tem vínculo com a empresa, e pediu um prazo para verificar, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto caso a empresa queira se manifestar.

MP NO CASO

Ao tomar conhecimento dos vídeos, o Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera), órgão auxiliar do Ministério Público do Acre, que tem como público-alvo pessoas em situação de rua, informou que vai encaminhar o caso para o Grupo de Atuação Especial na Prevenção e Combate à Tortura e para a Promotoria de Segurança Pública, além de pedir a instauração de inquérito policial.

Com informações Ac24horas

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