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quinta-feira, novembro 14, 2024

Imprensa nacional expõe caso de canadense que evangelizava indígenas isolados no Acre

Por Redação O Juruá em Tempo.

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Casa construída pelo canadense, dentro da terra indígena Alto Rio Purus, no Acre. (Foto: Reprodução/The Intercepte Brasil)

Um caso de um missionário canadense que residia no Acre, foi exposto em uma reportagem do jornal The Intercept Brasil. Segundo a matéria, o norte-americano Anthony Paul Goddard, de 30 anos, invadia terras indígenas isoladas no estado acreano, para converter as comunidades ao evangelho.

A denúncia foi publicada nesta segunda-feira, 24. Segundo ela, o missionário faz parte de um grupo filantrópico Missões Novas Tribos do Brasil (MNTB), subsidiária brasileira da antiga New Tribes Mission.

Sem autorização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Anthony construiu uma casa dentro da terra indígena Alto Rio Purus, na aldeia Santo Amaro, próximo a foz do Rio Chandless, onde passou a morar em março deste ano.

Na matéria consta que Goddard possuía o visto permanência com prazo indeterminado no Brasil, conseguido durante o governo Bolsonaro. Ele nasceu em Ontário, no Canadá, mas tem cidadania dos Estados Unidos, e no ano passado, pousou em Rio Branco, após decolar da Carolina do Sul.

Ao saber da invasão no mês de maio deste ano, a Funai solicitou o apoio da Superintendência da Regional da Polícia Federal do Acre para retirá-lo do local. Goddard estava acompanhado da esposa estadunidense Rachelle Goddard, também missionária da News Tribe, do filho pequeno e de um empregado brasileiro.

Para realizar a retirada, a Funai se apoiou em uma instrução normativa de 1994, que diz que missões religiosas só poderiam atuar em áreas indígenas se tiverem decisão favorável de um antropólogo, o que não era o caso.  Anthony comunicou sua saída em maio deste ano, por meio de seus advogados.

A reportagem do Intercept lembra que a organização filantrópica de que o homem fazia parte recebeu, no ano de 2017, uma série de denúncias de pedofilia e abusos sexuais em países onde atuava, e por isso mudou o nome para Ethnos 360.

Informações The Intercept Brasil

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