Um estudo realizado pela CarbonPlan, uma organização sem fins lucrativos que desenvolve dados climáticos, usou dados para produzir previsões sobre a frequência com que as pessoas em mais de 15 mil cidades enfrentariam um calor intenso, que pode, inclusive, causar doenças.
Segundo o estudo, a cidade brasileira que deve sofrer maiores temperaturas é Belém, por ser onde deve se observar o maior crescimento de dias de calor extremo no levantamento: a previsão é de 222 dias – um salto equivalente a seis meses em relação aos dados dos anos 2000.
Rio Branco, a capital do Acre, também aparece no topo da lista, atrás de Manaus, Belém e Porto Velho. A capital acreana deve viver 218 dias de calor intenso. O estudo caracterizou calor como limite de 32ºC e levou em consideração a temperatura do ar, a umidade, a radiação e a velocidade do vento. Foi usada como ponto de partida para determinar um “calor extremamente arriscado” para a saúde humana a temperatura de 32ºC.
O estudo tratou “curto prazo” como a previsão de até 2030 e “muito calor a longo prazo” com previsão de até 2050, que diz que provavelmente mais de metade da população do planeta, estarão expostas a pelo menos um mês de calor extremo, que ameaça a saúde em caso de exposição ao sol. Nesse contexto, adultos saudáveis que praticam atividades ao ar livre podem sofrer com estresse térmico
Manaus: 258 dias
Belém: 222
Porto Velho: 218
Rio Branco: 212
Boa Vista: 190
Macapá: 185
Cuiabá: 168
Palmas: 158
Teresina: 155
São Luís: 83
Campo Grande: 39
Rio de Janeiro: 22
Porto Alegre: 8
Florianópolis: 7
Goiânia: 6
Aracaju: 3
João Pessoa: 3
Natal: 3
Salvador: 2
Belo Horizonte: 1
*Todas as outras capitais são citadas como “zero” ou seus dados não estavam disponíveis.