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sexta-feira, julho 26, 2024

Cruzeiro do Sul decreta situação de emergência devido à praga do mandarová

Por Redação O Juruá em Tempo.

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Nesta quarta-feira, 18, foi publicado um decreto assinado pelo prefeito em exercício, Henrique Afonso, em virtude da praga do mandarová nas plantações de mandioca do município. O decreto tem o prazo de vigência de 180 dias, a contar da data da sua publicação.

Em Cruzeiro do Sul, a estimativa é de que 960 famílias de agricultores já tenham sido afetadas pela praga. Assim, a mandarová é uma das pragas mais perigosas na cultura da mandioca, podendo medir entre 2 e 12 centímetros. Ela passa por cinco fases de desenvolvimento e, quando não é detectada no início, pode destruir todo o roçado.

Por isso, o decreto visa proteger a economia da agricultura familiar e do município, visto que a cultura da mandioca e agroindústria da farinha e derivados representam cerca de 42% do Produto Interno Bruto (PIB) do município.

De acordo com o prefeito em exercício, Henrique Afonso, a situação necessita de um plano de contingência para que todos os anos seja enfrentado de maneira sistemática. “Esse envolvimento com a lagarta vem, nos últimos dias, tomando grandes proporções devido à importância da macaxeira na região do Juruá, principalmente na cidade de Cruzeiro do Sul pela matéria-prima da farinha, sendo ela hoje carro-chefe da economia do município”, destacou.

“Vamos também formalizar um comitê para que, aqui também, nós tenhamos, uma vez por semana, uma sala de situação para discutir essa situação, que agrava não só da economia da região do Vale do Juruá, como também, principalmente, dos produtores, que poderão ter 50% de redução da produção da mandioca e alimentos derivados somente a produção da farinha. Pois, o que pode acontecer é uma perda significativa de arrecadação, perda de PIB gerando sofrimento para os produtores que vivem e sobrevivem da produção da farinha e derivados”, informou ele.

Além disso, o representante da Secretaria de Estado da Agricultura na região do Juruá, Marcos Pereira, abordou a importância do decreto no que se refere às ações emergenciais. “O decreto de emergência pelo município vem ajudar o município a fazer ações emergenciais. E ações emergenciais requerem compra de equipamento, inseticidas, ajuda com kits para esses produtores, que, no processo normal, iria ter que ter uma licitação, aguardar todo aquele processo legal, e com o decreto de emergência ele poderá abrir mão dessa burocracia e fazer a aquisição de maneira imediata”, mencionou o representante.

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