Após meta de vendas batida na Black Friday, empresa paga viagem para todos os funcionários no AC

Redação Juruá em Tempo.

2 anos atrás

Trabalhadores foram recompensados após baterem metas na Black Friday — Foto: Arquivo pessoal

Black Friday, época de correria e muito trabalho no comércio. Em Rio Branco, não foi diferente. A data chegou a causar filas em alguns pontos comerciais, e 91,5% dos empresários estavam otimistas, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC).

Em uma loja do setor de acessórios para celulares na capital acreana, o otimismo se traduziu em resultados. Segundo Jeferson Rodrigo, um dos proprietários, uma das filiais registrou fila quilométrica durante a promoção lançada ainda no dia 21 de novembro.

O empresário não revelou a meta estabelecida para o período, mas disse que as duas filiais ultrapassaram R$ 300 mil em faturamento, o que ficou acima da expectativa. Para incentivar as vendas, ele havia prometido uma viagem aos 14 funcionários, de vendedores a entregadores, como premiação em caso de superação da meta.

Com o resultado, trabalhadores e proprietários da loja viajaram a Porto Velho, em Rondônia, para uma estadia de três dias em um hotel, tudo pago pela empresa. A viagem durou entre a última sexta-feira (1) até esse domingo (3).

Com estadia em hotel de luxo, foram três dias de viagem em Porto Velho, capital de Rondônia — Foto: Arquivo pessoal

“A galera se divertiu, a gente foi no Tênis Clube, que é difícil conseguir vaga, pois é para sócios. Mas a gente contou a história, o presidente ficou comovido e abriu uma exceção. Ficamos no melhor hotel. Eu falei para eles: ‘para mim, na minha metodologia, empresa não é feita de processos, de máquinas, de estoque. A empresa é feita de pessoas, em primeiro lugar. Sem vocês a gente não bateria esses recordes”, conta.

Primeira viagem

O prêmio foi a primeira viagem da consultora de vendas Núbia Oliveira para fora do estado. Ela relata que a promessa feita antes da Black Friday motivou seus colegas e que a viagem permitiu estreitar laços.

Ela considera ainda que esse tipo de recompensa pode servir de exemplo para outros estabelecimentos, já que é um reconhecimento ao esforço dos trabalhadores e os motiva a se esforçarem no dia a dia.

“A aventura começou com uma viagem totalmente paga, desde a estadia, até as sobremesas entre as refeições, e os passeios. Além disso, a empresa organizou atividades que fortaleceram os laços entre os colegas de trabalho. Momentos de descontração, tudo isso contribuindo para o espírito de equipe e a união do grupo”, comenta.

“No tempo livre, tivemos a oportunidade de explorar o destino por conta própria, fazer compras em lojas locais, relaxar na piscina do melhor hotel da cidade. Essa viagem não apenas nos permitiu conhecer um novo destino, mas também fortaleceu os laços entre colegas”.

Inspiração

E esse era o objetivo, segundo Rodrigo. Ele avalia que os empresários precisam reconhecer a importância dos funcionários no crescimento das empresas.

“Espero muito que essa nossa história inspire. Não porque queremos nos mostrar, mas para que outros empresários vejam que o colaborador faz parte da conquista dele”, acrescenta.

O proprietário também diz que ao longo de todo ano tenta recompensar os empregados com, por exemplo, sessões de cinema, idas a boliche e pizzaria. Ele considera que essas premiações beneficiam a própria empresa, e que os resultados mensais mostram isso.

Ainda segundo Rodrigo, após uma publicação em uma rede social da loja, o caso gerou repercussão e eles têm recebido comentários e mensagens parabenizando pelo gesto. Ele ressalta ainda que, apesar das dificuldades do mundo do empreendedorismo, os esforços são feitos com amor.

“Eu fico muito feliz com a repercussão, a gente não esperava. Recebemos muitas mensagens, imprensa, tem gente de podcast querendo que a gente fale. Na minha concepção, nós não fizemos nada demais, é algo que deveria ser normal e as pessoas se assustam”

“O dinheiro que foi gasto, o investimento que foi feito, para mim, é irrisório, porque eles foram muito bem. É difícil empreender, a gente não tem incentivo, passamos por uma pandemia, a logística no Acre é muito difícil. É literalmente remar contra a maré, mas a gente rema com amor”, finaliza.