O ex-presidente Jair Bolsonaro deve desembarcar no Acre já no próximo mês, em fevereiro. A informação foi confirmada à coluna pelo presidente do PL no Acre, João Paulo Bittar. A única dificuldade para a vinda de Bolsonaro ao estado é a agenda do ex-presidente, que segundo Bittar está lotada. Porém, o presidente do PL deixou claro: “Antes do início das eleições, ele vem com certeza”.
Bolsonaro deve aproveitar a visita para participar da campanha do candidato apoiado pelo PL na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. Há rumores de que, após a confusão no Progressistas, o prefeito Tião Bocalom aproveite a vinda de Bolsonaro para confirmar a sua filiação ao PL.
Negou
João Paulo Bittar declarou que não tem ciência desses rumores de uma filiação de Bocalom ao PL com a presença de Bolsonaro. “Não tem nada confirmado”.
Já na cabeça do Velho Boca
Porém, um assessor do prefeito Tião Bocalom disse à coluna que essa possibilidade já vem sendo sondada por ele.
“Está havendo uma costura grande aí, e se a gente sentir que o PP não tem realmente acordo para o Bocalom ficar lá dentro, só tem a saída de ir para o PL”, informou, dizendo que o prefeito pode posar ao lado de Bolsonaro no PL já em fevereiro.
Momento perfeito!
Bolsonaro disse que já conhece Bocalom e deve receber o prefeito de braços abertos no PL. Seria o momento perfeito para o prefeito de Rio Branco anunciar a saída do Progressistas e ser acolhido no partido bolsonarista.
De olho nos prazos
A janela partidária abre em março deste ano. Esse é o momento onde o TRE libera os políticos para que eles possam trocar de partido sem perder o mandato. Porém, se Bocalom quiser trocar o Progressistas pelo PL já em fevereiro, data da vinda de Bolsonaro, ele está liberado. Acontece que a Executiva Municipal do PP emitiu uma carta liberando ele para escolher outra sigla, sem correr o risco de perder o cargo.
Definir logo!
Anteriormente, o prefeito havia dito que iria esperar até o último dia do prazo estipulado para definir as definições das chapas. Se fizer o anúncio já em fevereiro, só mostra bom senso do prefeito. Com o novo partido já definido, Bocalom terá mais tempo para preparar terreno logo na pré-campanha. Esperar até abril, prazo final da janela partidária, só atrasaria e atrapalharia as alianças e as discussões da candidatura.
Apoio grande
Desembarcando no PL o prefeito Tião Bocalom de quebra ainda vai conseguir o apoio de 2 senadores e 4 deputados federais. Acontece que a candidatura de Bocalom deve unir o PL ao União Brasil, dos senadores Marcio Bittar e Alan Rick.
Bittar é o principal articulador dessa conjuntura e pretende fazer com que essa aliança continue inclusive em 2026, quando os acreanos irão escolher o sucessor do governador Gladson Cameli e outros 2 senadores. A ideia de Bittar é reeleger Bocalom em 2024 e depois, nas eleições estaduais, fazer dobradinha com ele no Senado e lançar Alan Rick para o governo.
Diferente de 2020
Caso Bocalom realmente firme terreno no PL, ele terá mais partidos com ele. Em 2020, o prefeito foi eleito em uma coligação com apenas 2 partidos: o Progressistas e o PSD, partido do senador Sérgio Petecão. Agora, ele já tem pelo menos 3 partidos: o PL, sua possível nova casa, o União Brasil e o Republicanos. Todos partidos de direita e envergado ao bolsonarismo.
Tem que correr
Alysson Bestene e Marcus Alexandre já definiram seus coordenadores de campanha e criadores do Plano de Governo. Até agora o atual prefeito Tião Bocalom ainda não escolheu o nome que terá essa responsabilidade.
Já tem um nome no jogo
O prefeito deveria escolher o senador Marcio Bittar para essa missão. Os dois estão alinhados ideologicamente e o senador é o maior entusiasta da reeleição de Bocalom.
Parabéns!
O parabéns de hoje é para o deputado estadual Fagner Calegário, do Podemos, que faz aniversário nesta sexta-feira. O parlamentar deve se orgulhar em ser um dos mais atuantes de 2023 na Assembleia Legislativa. Sempre com um discurso coerente, ele sobe na tribuna e é um dos maiores defensores da classe trabalhista terceirizada.
Off
– A campanha para prefeito de Rio Branco também irá trazer o presidente Lula até a capital do Acre;
– Dizem que ele desembarca aqui para declarar oficialmente o apoio a Marcus Alexandre;
– Fontes do MDB dizem que PDT deve entravar uma possível aliança em prol da vice-candidatura de Michelle Melo na chapa de Marcus;
– O nome da deputada já vem sendo sondado na cúpula do MDB;
– O problema é que o secretário de Agricultura, Luiz Tchê, que preside o PDT, já declarou que o candidato apoiado pelo partido é Alysson Bestene;
– Enquanto isso, quem vai se dando bem é o PSDB, que após uma série de derrotas, deve emplacar o vice-prefeito na chapa de Alysson;
– Já é praticamente certo que Minoru Kinpara ocupe essa vaga;