O município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, conseguiu reduzir em 54% o número de casos de dengue entre janeiro e novembro de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo o coordenador de vigilância entomológica, Leonísio Messias, o resultado é fruto de um trabalho continuado de prevenção e controle da doença, que contou com a colaboração da população.
De acordo com os dados do sistema de saúde, foram registrados 1.416 casos de dengue de janeiro a novembro de 2022, enquanto no mesmo período de 2023 foram 657 casos. No entanto, o coordenador alerta que o período chuvoso, que vai até março de 2024, é o mais crítico para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças, como zika e chikungunya.
“É o período que temos a tendência de termos o aumento dos casos, porque todo e qualquer pequeno recipiente que tiver no quintal com a chuva, se tiver o ovo do mosquito depositado ali, vai nascer o mosquito. Então, no período do inverno é mais complicado até para se fazer a vigilância e a quantidade de criadouros aumenta significativamente”, explicou.
Messias informou que o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em dezembro de 2023, apontou um indicador de risco de 4,6%, o que significa que há bastante mosquito voando nos bairros da cidade. O índice satisfatório é até 1%, que indica poucos mosquitos.
“Com a quantidade maior de mosquitos, se tem uma pessoa infectada, então a transmissão pode correr mais rápido pela quantidade de mosquitos que tem sobrevoando nos bairros da nossa cidade”, disse.
Para evitar um surto de dengue, o coordenador pediu que a população continue cuidando dos seus quintais, eliminando ou tratando os possíveis criadouros do mosquito, como garrafas, pneus, caixas d’água e vasos de plantas. Ele também orientou que as pessoas que apresentarem sintomas de dengue, como febre, dor de cabeça, dor no corpo e manchas na pele, procurem uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico e o tratamento adequados.
“É importante o paciente ou morador com os sintomas procurar a unidade de saúde, que através da unidade de saúde chega até nós os casos suspeitos. Aí a gente realiza os bloqueios, que é com o motor costal, que é para eliminar aquele mosquito que está ali sobrevoando infectado”, afirmou.
O coordenador ressaltou que a vigilância entomológica está trabalhando para combater o mosquito da dengue, com visitas domiciliares, orientações, distribuição de larvicidas e inseticidas e monitoramento dos casos. Ele destacou que a gestão municipal está preocupada com a saúde da população e que conta com o apoio de todos para evitar uma epidemia de dengue em Cruzeiro do Sul.
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