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sábado, maio 11, 2024

Estudante de escola pública do AC é selecionado para intercâmbio nos EUA

Por redação.

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Diego Heitor da Silva Monteiro foi o selecionado para compor delegação de 46 estudantes que embarcam rumo aos EUA em janeiro de 2024 — Foto: Arquivo pessoal
Diego Heitor da Silva Monteiro foi o selecionado para compor delegação de 46 estudantes que embarcam rumo aos EUA em janeiro de 2024 — Foto: Arquivo pessoal

“Estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo”. Este é o sentimento que define o estudante Diego Heitor da Silva Monteiro, que está a um passo da viagem para os Estados Unidos que já ocorre nesta semana. Ele foi o único acreano escolhido para representar o estado no programa Jovens Embaixadores 2024 e compor a delegação de 46 jovens que irão aos EUA para um intercâmbio de três semanas com todas as despesas pagas.

Criado em 2002, o programa é um intercâmbio de curta duração nos EUA para estudantes do Brasil que estão no ensino médio da rede pública e que se destacam pelo bom desempenho acadêmico, conhecimento da língua inglesa, capacidade de liderança e espírito empreendedor. Os interessados devem ter, ao menos, 15 anos até 16 de janeiro deste ano e não podem completar 19 anos até o dia 4 de fevereiro, data de retorno ao Brasil.

Diego, que tem 16 anos, é estudante do Colégio de Aplicação (CAp), da Universidade Federal do Acre (Ufac), e foi selecionado quando ainda estava no primeiro ano do ensino médio. O anúncio, que ocorreu em 1º de novembro do ano passado, foi motivo de muita alegria e empolgação ao jovem que já está com as malas prontas para sair do estado nesta segunda-feira (15) e embarcar rumo à primeira aventura internacional.

No caso dele, a novidade foi ainda mais especial: Diego descobriu que seria um dos 46 jovens embaixadores por meio de um vídeo da Embaixada dos EUA no Brasil que deu um ‘spoiler‘ da lista, um dia antes do anúncio oficial.

“Foi uma surpresa para todo mundo [o anúncio]. Eu estou ansioso para dividir essa experiência com outros 45 jovens de todo o Brasil que têm sonhos e interesses parecidos com os meus e também aprender e conhecer de perto a cultura, história e lugares importantes dos Estados Unidos. Além disso, através do programa, eu espero desenvolver minhas habilidades de liderança, desenvolvimento de projetos e oratória em público”, comentou ao g1.

O jovem relembrou ainda sobre o processo de seleção, que consiste em provas de inglês, visita domiciliar e entrega de documentações.

“Desde os meus 12 anos, na pandemia, eu decidi que queria estudar fora e poder viver em um país com uma cultura diferente da minha. Então me esforcei para aprender inglês pela internet, procurei atividades extracurriculares que eu me identificasse e foquei no meu desempenho acadêmico. Foi a primeira vez que eu apliquei para o programa, e eu tive o apoio de uma mentoria para candidatos, criada por jovens embaixadores das edições passadas de todo o Brasil, e foi onde conheci a minha mentora Kathyllen Sena (jovem embaixadora pernambucana de 2022) que me ofereceu suporte durante todo o processo e me deu ótimos conselhos”, disse.

Empreendedorismo social

Um dos pré-requisitos para que os candidatos estejam aptos a participarem do programa é a necessidade de envolvimento em algum projeto de voluntariado. O estudante participa do projeto “Amigos Solidários”, que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade social na capital acreana.

“O projeto em que eu voluntariei foi os ‘Amigos Solidários’ que é focado no desenvolvimento integral de jovens marginalizados e oferece cursos extracurriculares gratuitos, auxílio financeiro, doações de brinquedos e alimentos para crianças e famílias de baixa renda da nossa cidade. E atualmente o programa atende mais de 850 jovens, já distribuiu mais de 25.000 cestas básicas e construiu 12 casas”, complementou.

Anúncio da aprovação do acreano no programa Jovens Embaixadores ocorreu um dia antes do dia oficial — Foto: Reprodução/US Embassy
Anúncio da aprovação do acreano no programa Jovens Embaixadores ocorreu um dia antes do dia oficial — Foto: Reprodução/US Embassy

Nos EUA, a delegação participa de programações voltadas ao empreendedorismo social, educação e, claro, desenvolvimento da língua inglesa. Além disto, também são divididos para alguns estados, onde ficam em ‘host families’, que são famílias anfitriãs que hospedam estes jovens para que eles possam vivenciar a rotina estadunidense. No entanto, antes de irem para os Estados Unidos, o acreano vai se juntar a outros jovens em Brasília, Distrito Federal. De lá, todos eles vão para Washington, D.C.

Durante o período hospedado com a família americana, Diego vai visitar escolas, para saber como funciona a educação nos Estados Unidos, e apresentar trabalhos sobre o Brasil. Ela afirma que já está se preparando para o novo desafio. Mas lembra que a ansiedade e expectativa já tomam conta.

“Eu tenho certeza que os Jovens Embaixadores vai agregar muito ao meu currículo e me abrir muitas oportunidades no futuro. E eu estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo por poder representar o nosso estado em outro país e estou animado para falar sobre a nossa cultura com as pessoas que eu conhecer e aprender mais sobre a cultura delas”, falou.

Sobre o programa

O programa é desenvolvido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América e, no Brasil, é coordenado pela Embaixada e Consulados.

A iniciativa é voltada para estudantes do Brasil que estão no ensino médio da rede pública e que se destacam pela atitude positiva, bom desempenho acadêmico, conhecimento da língua inglesa, capacidade de liderança e espírito empreendedor.

Programa leva jovens para conhecer os Estados Unidos e vivenciar cultura norte-americana em intercâmbio de três semanas — Foto: Jovens Embaixadores/Reprodução Facebook
Programa leva jovens para conhecer os Estados Unidos e vivenciar cultura norte-americana em intercâmbio de três semanas — Foto: Jovens Embaixadores/Reprodução Facebook

Pré-requisitos:

  • Nacionalidade brasileira;
  • Idade entre 15 e 18 anos (durante a duração do programa);
  • Cursar Ensino Médio na rede pública brasileira;
  • Cursando a partir do 1° ano do Ensino Médio em 2023;
  • Boa fluência oral e escrita em inglês;
  • Excelente desempenho escolar;
  • Ter pouca ou nenhuma experiência anterior no exterior;
  • Jamais ter viajado para os Estados Unidos;
  • Ser uma pessoa comunicativa;

Como funciona?

Durante a viagem os jovens participam de oficinas sobre liderança e empreendedorismo, visitam escolas, projetos de empreendedorismo social e se reúnem com representantes do governo, em Washington (EUA).

Os candidatos só terão despesa com o deslocamento até o local da avaliação escrita e oral, durante o processo seletivo. Também será de responsabilidade do selecionado as despesas com a emissão do passaporte e custos pessoais durante a viagem, como compras, telefonemas, excesso de bagagem e outros. Desde o lançamento do programa, em 2002, mais de 700 jovens de todo o país já participaram da iniciativa.

  • Por Renato Menezes, do g1 AC.
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