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Conheça o artesão acreano que vende suas obras para vários países retratando a Amazônia

Por Redação Juruá em Tempo.19 de março de 20245 Minutos de Leitura
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No Dia do Artesão, comemorado nesta terça-feira (19) em homenagem a São José, por ser padroeiro dos trabalhadores por seu trabalho de artesão e por ser patriarca da Sagrada Família, tratemos a história de um dos maiores artesãos do Brasil. É importante lembrar que os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C), período em que o homem aprendeu a polir a pedra, fabricar cerâmica, tecer fibras animais e vegetais. Mas o artesanato segue sendo, nos dias de hoje, fonte de renda para milhões de pessoas, impulsionando a economia, a cultura e também o turismo. Veremos, a seguir, uma história carregada de arte e simbolismo, para prestigiarmos de perto uma prática extremamente detalhista do artesanato: a marchetaria.

Em 30 de agosto de 1958, no seringal Flora, localizado às margens do Rio Juruá e em meio às florestas do município de Porto Walter, no ocidente Brasileiro, Maqueson Pereira da Silva nasceu e cresceu. Em sua adolescência, trabalhou como seringueiro, até reunir condições junto a sacerdotes alemães que conheceu no meio cristão, para ter a chance de ingressar em um seminário da Igreja Católica, no município de Salete (SC), onde estudou para se tornar padre. Estudou filosofia, teologia e se dedicou à sua atual profissão, a marchetaria. 

Maqueson Pereira da Silva/Foto cedida pelo artista.

Maqueson Pereira da Silva/Foto cedida pelo artista

Marchetaria é a arte ou técnica de ornamentar e colorir as superfícies planas de móveis, painéis, pisos, tetos, através da aplicação de materiais diversos, tais como: madeira, metais, pedras, plásticos etc, tendo como principal suporte e matéria prima, a madeira. Pode-se construir objetos tridimensionais, esculturas, utilitários e entre outros. Esta é uma arte que foi praticada habilidosamente pelos egípcios antigos, e nos dias de hoje, os galhos e raízes que seriam desperdiçados pela indústria convencional, viram imagens cheias de efeito e emoção, nas mãos de Maqueson e de outros marcheteiros.

Maqueson tinha um desejo de contar a história da floresta onde nasceu e caminhos percorridos, através da arte, e conta que tentou outras vias, até descobrir logo no início que tinha mais habilidade para formar imagens através da madeira. Ele encontrou a marchetaria de forma natural, pois não tinha noção de que havia uma técnica para isso. 

“Como eu vim da floresta, quando cheguei em Santa Catarina, em 1977 e aos 18 anos, quis contar minhas histórias de animais selvagens, de pescadores e de pescaria, de canoas, todo o meu mundo amazônico. Tentei me expressar por meio da pintura, mas não achei bom, então comecei a fazer pequenos encaixes de madeira aos poucos, até que um padre me informou da técnica da marchetaria. Com o passar do tempo, realizei várias viagens onde pude me aperfeiçoar e conquistar clientes de vários lugares do mundo”, conta.

As obras do artista vão além de retratos da paisagem amazônica, pois possui uma forte bagagem cultural a partir de suas viagens pelos continentes da África, Europa, Ásia e Oceania, onde pôde ter acesso a museus, academias de arte e experiências diversas envolvendo a arte. Ele possui uma equipe para ajudá-lo e conseguir dividir o tempo de produção das peças. 

Equipe preparando peça/ Foto cedida pelo artista

O artesão, que reside atualmente em Cruzeiro do Sul, atende encomendas de vários países e suas obras em marchetaria chegam a custar até R$300 mil. Seu maior trabalho foi o da Farm Rio, que tem 30 metros e durou 40 dias para ser feito. Ele pôde levar sua família e equipe. Maqueson já expôs suas obras, que são fortemente inspiradas na Amazônia, em diversos países.

Ele, sua esposa, sua filha e um funcionário ficam divididos para participar de feiras, e as em que sua presença é exigida ocorrem em até 3 vezes por ano. Maqueson passa mais tempo produzindo, e seus maiores eventos foram em Pequim (China), em Harianá (Índia), em Florença (Itália), e em Londres (Inglaterra), além de ser escolhido pelo Itamaraty para representar o Brasil em Argel, na Argélia. Além de painéis, quadros e obras artísticas de tamanho e valor superiores, possui coleções de acessórios finos e requintados, como carteiras, porta-jóias, porta-retratos porta-batons, tabuleiro de jogos e entre outros.

Acessórios pequenos produzidos pelo artesão/Foto cedida pelo artista

Marqueson é um artista importante para a nossa cultura, representa o combo Norte, Amazônia e Acre em nível internacional, além de ser prestigiado pelos acreanos, possuindo renomados e conhecidos trabalhos, como o que foi feito para a Assembléia Legislativa do Acre, um conjuntos de nove painéis em marchetaria, que juntos, medem 45×2 metros e contam fases da revolução acreana, e também no Palácio da Justiça, a imagem da deusa da justiça, que tem 7×3 metros. Ele carrega consigo suas inúmeras experiências, atuando no mercado da marchetaria há mais de 30 anos, além de ser uma forte inspiração para artesãos locais e estimular a economia, cultura e turismo de nosso país.

Painéis na Assembléia Legislativa/ Foto: Arquivo

Painél no Palácio da Justiça/Foto cedida pelo artista

“Tive decisão e coragem para enfrentar um mundo completamente diferente lá fora, e o que vi com isso foi que não importa de onde a gente vem, importa sim é onde a gente quer chegar. Eu poderia estar dizendo que não estudei, que nasci lá no meio da mata… Este “nascer lá no meio da mata” é uma oportunidade que nós temos para sair da zona de conforto, quebrar a casca do ovo e sair disso, mas precisamos querer de dentro do coração, do mais fundo do nosso ser, contar a nossa história e estar aberto para o novo sem se importar com o que dizem, e então bater no peito: eu quero isso”.

O acreano atua no mercado de marchetaria há mais de 30 anos/Foto: cedida pelo artista

Por: Anieli Amorim, ContilNet.
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