
Durante a manhã desta segunda-feira, 11, o Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, baixou 12 centímetros em 12 horas, chegando a 13,69m. O manancial que alcançou 14,04m apresentou sinais de vazante desde o último sábado, 09.
Por isso, alguns moradores já iniciaram a limpeza de suas casas, com o objetivo de normalizar a situação. A professora e moradora do bairro Miritizal, Jarmila da Silva Aguiar, conta que enfrentou diversos desafios por conta da enchente.
Segundo ela, o piso de sua residência ficou coberto durante um período de oito dias, onde foi necessário abrigar-se na casa dos pais. “A minha casa passou oito dias coberta por água, com mais ou menos um palmo de água dentro”, relatou a professora.

Para continuar trabalhando, Jarmila precisou enfrentar as ruas alagadas, deixando seu transporte durante o percurso e sendo auxiliada por seu pai, por meio de uma embarcação, até alcançar o asfalto.
Além dos problemas enfrentados para deslocar-se até o trabalho, a mulher mencionou que ainda enfrentará os desafios de fazer a limpeza de sua residência, pois há o risco de encontrar animais peçonhentos, como também, há uma grande quantidade de lama.
“Desde ontem começamos a limpeza, tem muita lama, não é fácil pra quem tem casa de madeira. Os perigos e as dificuldades são constantes, cheguei até a encontrar cobras dentro de casa, até porque estamos sem energia”, disse ela.
Neste momento, a situação de Jarmila é a mesma de muitos cruzeirenses, que ainda estão em busca de soluções para enfrentar as adversidades ocasionadas pela cheia do Rio Juruá.
