Nesta quinta-feira, 07, o Rio Juruá marcou 14 metros de profundidade, atingindo mais famílias em Cruzeiro do Sul. Além das residências, a água já chegou a algumas unidades básicas de saúde, inviabilizando os atendimentos.
Diante do aumento do nível do rio, o número de abrigos públicos teve que aumentar. Além de seis escolas municipais, mais duas unidades de ensino estaduais já estão abrigando um total de 44 famílias.
Segundo a Defesa Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros, 236 pessoas já receberam atendimento e 192 foram removidas de casa.
Para garantir a segurança das pessoas, a Energisa realizou o corte de energia elétrica em 13 bairros, atingindo 508 residências. O Miritizal é o bairro mais afetado, com 300 casas sem energia.
Além disso, entre as unidades básicas de saúde alcançadas pelo rio, a Unidade Básica de Saúde José Matheus, no Bairro Miritizal, é a mais afetada. Segundo o coordenador da atenção básica da Secretaria Municipal de Saúde, Lindomar Ferreira, a equipe precisou de desocupar o espaço e os atendimentos estão sendo realizados normalmente na Creche Irmã Maria Suzana, na mesma rua.
A Unidade Básica de Saúde Ariton Rosas, na Boca do Môa, também não está funcionando. Os profissionais foram designados para atuarem nos abrigos e em áreas alagadas. “O atendimento não está acontecendo na unidade porque o acesso à unidade já está com água e a gente está atendendo em áreas alagadas e nos abrigos. A equipe desta unidade está atendendo de maneira itinerante, móvel, inclusive nos abrigos, como também em áreas alagadas”, explicou Lindomar.
O capitão Josadac Ibernon, comandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, disse que a tendência é de que a água do Rio Juruá, que vem do Alto Juruá, pare de subir a partir desta sexta-feira.


