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sexta-feira, julho 26, 2024

Presidente de Câmara de Vereadores é investigado por espancar a amante no Acre

Por Redação O Juruá em Tempo.

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Mulher registrou um boletim de ocorrência e pediu medida protetiva contra o vereador Eriberto Mota — Foto: Arquivo pessoal
Mulher registrou um boletim de ocorrência e pediu medida protetiva contra o vereador Eriberto Mota — Foto: Arquivo pessoal

Um relacionamento extraconjugal do presidente da Câmara de Vereadores de Xapuri, interior do Acre, Eriberto Brilhante da Mota (PSB), virou caso de polícia no último domingo (12) no município. O parlamentar é suspeito de espancar uma mulher, de 30 anos. Ela afirma que os dois têm um relacionamento há 16 anos e um filho de 9 anos.

Eriberto é casado e tem quatro filhos do casamento. O g1 entrou em contato com o vereador e aguarda retorno. A Polícia Civil confirmou que a vítima buscou a delegacia no domingo, registrou um boletim de ocorrência contra Eriberto Brilhante e pediu uma medida protetiva.

Nesta terça-feira (14), a mesa diretora da Casa procurou o vereador e o aconselhou a pedir afastamento. Veja detalhes abaixo.

A agressão contra a amante ocorreu durante a madrugada de domingo, quando o casal saiu de uma conveniência e o vereador teria ficado irritado porque a mulher saiu de casa ‘sem sua permissão’. Ao g1, a vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que o vereador já estava no local bebendo quando ela chegou com amigos e não se aproximou do vereador.

“Não gostava que eu saísse, me abordou, estava indo para casa com uma amiga e nos deu carona. Deixou minha amiga e foi para minha casa. Reclamei que ele estava pagando cerveja para outras mulheres e ele questionou o porquê eu estava ali em um ambiente que não era para estar, que não tinha deixado e nem permitido”, relembrou.

Ainda dentro do carro, a vítima falou que foi agredida com um tapa no rosto desferido pelo parlamentar. Ela conta que o vereador saiu do carro puxando os cabelos dela e a jogou no chão. A partir de então, segundo a mulher, a sessão de agressões continuou e ela chegou a desmaiar ao ter a cabeça batida no meio-fio da calçada.

“Meu corpo ficou dolorido e inchado, mas o local mais machucado foi a cabeça. Bateu na minha cabeça e cheguei a desmaiar por alguns segundos. Tomou meu celular para eu não pedir socorro pra ninguém. Pedi ajuda de uma vizinha que estava acordada, fui para o hospital, fiz corpo de delito e fomos para a delegacia”, destacou.

Vereador Eriberto Mota é investigado por bater na amante em Xapuri — Foto: Arquivo pessoal
Vereador Eriberto Mota é investigado por bater na amante em Xapuri — Foto: Arquivo pessoal

Medida protetiva

A jovem, que trabalha como manicure na cidade, diz que a família do vereador sabe do envolvimento amoroso dos dois, mas que nunca procurou confusão com os parentes do amante. Ela afirmou também que o vereador sempre foi violento, mas nunca teve coragem para denunciar.

“Ele é casado com outra, e tivemos um filho nesse período de 16 anos. Ele já tinha me agredido, tanto fisicamente como verbalmente, mas nunca denunciei. Pedi medida protetiva contra ele e os filhos, que me ameaçam. Nunca mexi com eles, trabalho para manter meus filhos, me perguntaram se eu ia levar isso para frente”, recordou.

Após a denúncia, a vítima conta que sente medo do que possa acontecer com ela. “Diversas vezes ele disse que tem poder, bate no peito dizendo que conhece o juiz, diz que até se eu pedir vista de pensão não vai dar em nada. Não quero mais nada com ele, meu filho chegou a presenciar e isso chegou tem um limite. Vou seguir com o processo”, confirmou.

Pedido de afastamento

O 1º secretário da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Xapuri, vereador Clemilton Almeida, explicou que o presidente foi procurado nesta terça-feira (14) após a sessão e orientado a pedir afastamento da presidência por conta da situação.

“Estamos esperando ele se manifestar. A Câmara não vai ser omissa, conversamos hoje e aguardamos ele se manifestar. Nós procuramos ele, pedimos um posicionamento, perguntamos se tinha consciência da gravidade da situação e estamos aguardando a posição dele”, relatou.

Aos colegas, Eriberto Mota alegou que não ficou bem psicologicamente após a situação e vai procurar ajuda médica. Ele se comprometeu a pedir afastamento para tratamento de saúde. “Estava chorando, disse que ia procurar um médico, pedir afastamento por conta de problemas psicológicos. Não se sente em condições de continuar presidindo”, complementou.

Caso peça mesmo afastamento, a vaga deixada por Eriberto Mota deve ser ocupada por Alcemir Teodózio (União Brasil).

  • Fonte: g1 AC.
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