Close Menu
  • Inicio
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Polícia
  • Política
  • Esporte
  • Cotidiano
  • Geral
  • Brasil
Facebook X (Twitter) Instagram WhatsApp
Últimas
  • Pedestre morre após ser atropelado na Avenida Lauro Müller, em Cruzeiro do Sul
  • Pedestre morto em atropelamento é identificado como Francisco Vanderlei de Almeida, conhecido como Lêla
  • Coronel Ulysses fortalece assistência social e amplia atendimento a famílias vulneráveis no Acre
  • Trabalhador morre após ser atingido por serra elétrica em frigorífico do interior do Acre
  • Tragédia: deslizamento de terra destrói casas em bairro de Cruzeiro do Sul
  • Quase 15% dos acreanos vivem em ruas sem acesso a carros, ônibus e caminhões
  • Inscrições para concurso da Ufac terminam nesta segunda-feira; salários chegam a R$ 14,4 mil
  • Abandono de atendimento médico a criança acolhida no Acre é alvo de investigação
  • Um em cada 10 agentes penitenciários teve diagnóstico de depressão
  • Mulher compra cofrinho em brechó e encontra R$ 10 mil guardados dentro
Facebook X (Twitter) Instagram
O Juruá Em TempoO Juruá Em Tempo
domingo, dezembro 14
  • Inicio
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Polícia
  • Política
  • Esporte
  • Cotidiano
  • Geral
  • Brasil
O Juruá Em TempoO Juruá Em Tempo
Home»COTIDIANO

Deputada Erika Hilton parabeniza primeira travesti formada em Psicologia pela Ufac

Por Redação Juruá em Tempo.24 de junho de 2024Updated:26 de junho de 20244 Minutos de Leitura
Compartilhar
Facebook Twitter WhatsApp LinkedIn Email

Diante de tantos desafios, preconceitos, violência e alguns outros obstáculos, com determinação, Eduarda Rodrigues venceu mais uma etapa na sua vida, graduando-se no curso de Psicologia na Universidade Federal do Acre (Ufac). A conquista se torna ainda maior pelo fato de ela ser a primeira travesti a se formar no curso da universidade, ela ainda foi parabenizada pela deputada federal Erika Hilton.

No mês do orgulho LGBTQIAP+, a jovem de 23 anos teve sua cerimônia de formatura, na última terça-feira, 18, ao assinar os últimos documentos necessários para sua colação de grau.

Com sentimento de alegria, Eduarda publicou em seu perfil no X, antigo Twitter: “1ª travesti formada em Psicologia pela Universidade Federal do Acre. Que muitas outras travestis venham depois de mim – para serem muito mais do que eu fui! Viva a universidade federal, pública, gratuita e de qualidade! Viva a uma psicologia ética, política e compromissada!”

A publicação foi tão bem repercutida que Erika Hilton, mulher trans e deputada federal pelo PSOL, notou a publicação da jovem e a respondeu parabenizando pela conquista.

“Que felicidade! Parabéns por essa conquista, Eduarda! Você é o sonho das nossas transcestrais sendo realizado”, escreveu a deputada.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Reprodução

A trajetória de Eduarda na graduação foi envolvida de um mix de emoções. Ela conta que sente que tudo foi muito “agridoce”; existiriam momentos lindos e incríveis, ao mesmo tempo em que também houve muito sofrimento e violências no caminho, que não deveriam ter ocorrido caso ela fosse cis e, segundo ela, se adequasse ao “CIStema”.

“O apoio dos meus amigos, familiares e professores foi o que me manteve na graduação, e esse é um ponto que gosto de ressaltar sempre que possível: enquanto pessoas trans e travestis, o afeto, em grande maioria, nos é negado. Somos vistas como indignas do amor, do cuidado, da atenção, do zelo, e isso gera consequências psíquicas fortíssimas, pois precisamos do amor e do olhar do outro para podermos nos constituir enquanto sujeitos no mundo, o nosso amor-próprio também depende do amor que recebemos dos outros, então, perceber e sentir que havia tanta gente torcendo por mim tornava o caminhar mais tolerável, me deparar com quem me defendia contra as violências foi o que me ajudou a viver”, diz a psicóloga.

Eduarda assinando os documentos de colação de grau em Psicologia. Foto: Arquivo Pessoal

No entanto, o cenário de invisibilidade foi algo tortuoso na vida da jovem. Ela afirma que, na graduação, não era estudado teóricas trans e travestis e que, raramente, são encontradas travestis no mercado de trabalho.

“O que me fazia sempre me questionar: as pessoas irão escutar o que eu tenho a dizer? Terei oportunidades no mercado de trabalho? Quais são os caminhos possíveis para mim? Eu me deparei com nenhuma resposta para meus questionamentos, então, foi um grande trabalho de construir minhas próprias respostas, de me perceber que eu não precisava que o CIStema me aceitasse, eu só demando o respeito pela minha existência, pelo meu corpo, pela minha capacidade e esforço enquanto estudante e profissional. A sociedade em que vivemos hoje não foi pensada para acolher corpos trans – tampouco a universidade – e uma grande armadilha é sempre fazer questionarmos quem somos, nossa capacidade, nosso intelecto, nossa feminilidade, nosso gênero, nosso pertencimento, nos faz duvidar do amor que recebemos”, diz.

Eduarda Rodrigues é a primeira travesti psicóloga pela Ufac Foto: Arquivo Pessoal

A psicóloga também destaca, ao falar sobre como ser parabenizada pela deputada Erika Hilton, após se formar na universidade, mudou a sua vida.

“Recebi tantas mensagens carinhosas e tanto apoio, até agora estou recebendo mensagens. Perceber pessoas marcando suas colegas travestis, afirmando que elas também seriam as primeiras travestis a se formarem em psicologia pelas suas respectivas faculdades, me fez chorar de emoção com a esperança de que nós pudéssemos estar caminhando para um mundo menos doloroso para travestis e outras pessoas trans. Ser reconhecida por uma grande inspiração para mim foi emocionante e espero que, logo mais, travestis formadas, seja lá em qual curso for, seja o comum, não a exceção. O amor travesti é revolucionário em um mundo que o amor se tornou objeto do neoliberalismo, em um mundo guiado pela branquitude e cisheteronormatividade, por isso que digo que se abrir aos afetos por travestis é subverter normas, ser criativo, é um ato político e, repare, não estou falando puramente do amor romântico, mas, sim, das imensas ramificações que o amor pode se estender. Que lutemos em sociedade para que isso ocorra logo! Travestis clamam para viverem com dignidade”, concluiu Eduarda.

  • Fonte: A Gazeta do Acre.
Por: Redação O Juruá em Tempo.
Facebook X (Twitter) Pinterest Vimeo WhatsApp TikTok Instagram

Sobre

  • Diretora: Midiã de Sá Martins
  • Editor Chefe: Uilian Richard Silva Oliveira

Contato

  • [email protected]

Categorias

  • Polícia
© 2025 Jurua em Tempo. Designed by TupaHost.
Facebook X (Twitter) Pinterest Vimeo WhatsApp TikTok Instagram

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.