Neste ano de 2024, entre os meses de janeiro e maio, já foram registrados 9.410 nascimentos no Acre. Do total de bebês nascidos no período, apenas 4.726 foram submetidos à triagem neonatal, popularmente conhecida como teste do pezinho, configurando 50,22%. Caso o ritmo se mantenha constante até o fim do ano, estima-se que serão realizados aproximadamente 11.342 exames.
Os dados relativos à testagem foram coletados junto à Secretaria de Estado de Saúde do Acre, enquanto o número de nascimentos é do portal da transparência.
No estado, em 2022 e 2023, foram registrados 12.110 e 12.442 testes do pezinho, com 24.715 e 25.773 nascidos, respectivamente, o que representa 50,09% e 48,27%. Vale destacar que alguns estados atingem marcas de apenas 24% dos nascidos vivos testados.
A triagem neonatal visa detectar uma série de doenças, sendo as principais fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. O teste é feito no calcanhar do recém-nascido, ou via punção venosa, e deve ser realizado a partir das primeiras 48 horas de vida da criança, até o seu quinto dia de vida. É um direito das crianças e um dever dos pais, já que desde 1992 é obrigatória a sua realização no Brasil.
O teste é importante, pois quando a criança está no ventre, a placenta filtra algumas substâncias que podem ser tóxicas e levar a uma doença metabólica, que pode ser identificada com os exames.
Nacionalmente, em 2020, conforme os dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, 2.726.025 crianças nasceram, e destas, 2.249.844 realizaram os testes, representando um total de 82,53%. Mas pouco mais da metade efetivaram os exames no período recomendado.