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terça-feira, dezembro 3, 2024

Entraves ambientais atrasam a construção de 100 casas em Cruzeiro do Sul pelo Minha Casa, Minha Vida

Por Nicolle Araújo, dO Juruá em Tempo.

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A prefeitura de Cruzeiro do Sul planeja construir 100 unidades habitacionais por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. No entanto, o projeto está ameaçado por uma série de atrasos e impedimentos relacionados à área destinada ao projeto.

O principal problema surgiu após a equipe técnica da Caixa Econômica Federal identificar que o local indicado é uma Área de Preservação Permanente (APP), exigindo licenças ambientais específicas e um parecer definitivo do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) para a obra ser iniciada.

“Estamos em um impasse com a prefeitura, os órgãos ambientais e a Caixa. A indefinição está gerando dificuldades tanto para a empresa contratada quanto para o andamento da obra. Não podemos avançar sem o licenciamento, e os preços dos materiais estão subindo, o que torna a situação ainda mais delicada”, explicou o engenheiro Leandro de Lima.

Além disso, laudos técnicos buscam comprovar que a área, atualmente degradada e usada como esgoto a céu aberto, pode ser urbanizada sem causar impactos ambientais irreparáveis. O plano inclui a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para tratar os resíduos da região e minimizar danos ambientais.

Isaac Ibernon, diretor de Planejamento e Orçamento do município, destacou que a última vez que o município recebeu recursos para construção de moradias foi há mais de 20 anos. “A construção das 100 unidades habitacionais será um marco para a cidade. As casas serão voltadas para famílias em situação de vulnerabilidade social, com custo aproximado de 114 mil reais por unidade”, disse ele.

Além das casas, o projeto também prevê a urbanização do local, com obras de pavimentação, iluminação pública, coleta de lixo e a criação de equipamentos de saúde e educação.

Apesar das dificuldades, a expectativa é de que, com o parecer final do IMAC sobre o licenciamento ambiental, a ordem de serviço seja emitida para que as obras começem ainda em 2024. Todavia, o projeto pode não ser concluído dentro do prazo previsto, afetando diretamente as 100 famílias que aguardam ansiosamente por essas moradias.

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