Com ida de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde, o presidente Lula dá início à reforma ministerial fazendo mudanças no núcleo mais próximo de ministros, que despacham do próprio Palácio do Planalto.
A substituição de Nísia Trindade por Padilha na Saúde ainda não foi oficializada, mas já é dada como certa por interlocutores do petista nesta semana. Essa mudança abre espaço para a chegada do Centrão dentro do Planalto. Isso porque para o lugar de Padilha, que comanda a Secretaria de Relações Institucionais, deve ser chamado Silvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos.
Silvio é do Republicanos, mesmo partido do presidente da Câmara, Hugo Motta, e representa, portanto, um nome do Centrão que ficará cuidando da articulação política junto ao Congresso Nacional.
Outros nomes cotados para a pasta são os de Jaques Wagner e José Guimarães, que são líderes do governo no Senado e na Câmara, mas os mais provável é que Lula entregue mesmo a articulação política ao Centrão.
Para o cientista político Melillo Diniz, as mudanças tendem a melhorar a relação do governo com o Congresso, mas o Centrão deve ainda buscar mais espaços na Esplanada.
Outra mudança dada como certa é a ida da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para a secretaria-geral da presidência, pasta que cuida dos movimentos sociais e que também despacha de dentro do Planalto. A chegada dela pode ainda dividir as atenções com Rui Costa, que hoje comanda a Casa Civil e assumiu o protagonismo da chamada cozinha do Planalto.
Dessa forma, Lula precisa encontrar ainda um lugar para Márcio Macedo, atual ministro da secretaria-geral. Uma opção seria indicar Macedo para a presidência do Ibama, em meio ao desgaste do governo com o pedido de liberação de estudos para exploração de petróleo na margem equatorial.
Já Rodrigo Agostinho, atual presidente da autarquia, poderia voltar ao Congresso, já que é suplente de Tábata Amaral, que iria para a Ciência e Tecnologia, deslocando Luciana Santos para o ministério das Mulheres.
•CBN

