Na manhã desta segunda-feira, 10, o governador Gladson Cameli (Progressistas) falou pela primeira vez sobre as exonerações de pelo menos cinco cargos ligados ao senador Alan Rick (União Brasil).
O chefe do Executivo se manifestou durante a abertura do ano letivo da rede pública estadual, no Colégio Armando Nogueira (Cean), e minimizou a decisão, afirmando não ter problemas com o parlamentar federal.
Cameli explicou que as exonerações tinham como objetivo reduzir a influência política na administração, garantindo uma equipe mais comprometida com o estado.
“Os mesmos que, quando assumirem o governo, terão liberdade para escolher os seus, eu tenho a minha, com o compromisso de governar para milhares de pessoas e diminuir as desigualdades”, afirmou, acrescentando que cada pessoa tem o direito de fazer suas escolhas.
Além disso, o governador negou rumores sobre gravações atribuídas ao senador Márcio Bittar (União Brasil), que teriam sido enviadas a ele e envolviam críticas de Alan Rick. “Não teve nada de gravação, não teve nenhum problema”, garantiu Cameli.
Ao ser questionado sobre sua postura, o governador ressaltou que não existe nome mais democrático do que o dele, mas alertou para a confusão entre ser democrático e ser excessivamente complacente. “Minha prioridade é governar para o Acre e para as pessoas que precisam”, ressaltou.
As exonerações, que ocorreram na semana passada, afetaram as seguintes pessoas:
– Mirla Miranda, jornalista e irmã de Alan Rick, que ocupava a diretoria de Planejamento na Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac);
– Maria Gorete da Silva, mãe de Alan Rick, que estava no Grupo de Chefia, Assistência e Assessoramento da Secretaria de Agricultura (Seagri), com salário de R$ 8.665,28;
– Iuçara Andrade da Costa Souza, ex-presidente da Funtac;
– Jairo Cassiano Barbosa, da Direção e Assessoramento Especial (DAE) do governo;
– Gemil Salim de Abreu Junior, também da DAE.
Essas exonerações acontecem em um momento de pré-candidatura de Alan Rick ao governo do Acre, concorrendo diretamente com a atual vice-governadora Mailza Assis (Progressistas), que já conta com o apoio do Palácio Rio Branco.
No último domingo, 09, o senador compartilhou um vídeo em seu perfil no Instagram, no qual um entrevistado refletia sobre o tema perseguição, o que gerou especulações sobre possíveis desentendimentos com o governo de Cameli.

