Após a morte do papa Francisco na última segunda-feira (21), o católico acreano Gabriel Soares, atualmente com 32 anos, relembrou com carinho a carta que enviou ao pontífice e a resposta que recebeu dele em 2014.
Mais de 10 anos depois, Gabriel agora é coordenador de Pastoral no Colégio Marista São José, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e recordou ainda que em 2013, logo após a escolha de Francisco, enviou a carta a Francisco o felicitando pelo pontificado.
“Meses depois eu recebi uma resposta. Resposta essa que ele dava uma bênção a mim e à minha família e, como sempre, pedia orações por ele”, relembrou.
Ele, à época com 21 anos, disse que ficou surpreso, pois não acreditava que um dia fosse receber a resposta. Porém, no dia 9 de junho, enquanto estudava para uma prova, recebeu várias cartas e nem imaginava é que a do Vaticano estava entre elas.
“Eu deixei a carta um pouco de lado, porque ela não tinha remetente, mas quando eu abri e vi que era do Vaticano, foi uma emoção que eu não sabia dizer. Chamei minha mãe para compartilhar o momento e ela vibrou muito também”, complementou.
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Fã de Francisco desde o início de sua trajetória, Gabriel disse que, assim como todo mundo, recebeu com muita tristeza a notícia do falecimento do papa e exaltou a história de Francisco.
“Um grande profeta do nosso tempo, um homem que ousou romper com as estruturas de poder, de indiferença, de opressão e de, principalmente, recolocar os pobres no centro da igreja”, afirmou o jovem.
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Carta
Em julho de 2013, Gabriel realizou o sonho de participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Ao voltar para Rio Branco, viu uma reportagem sobre um jovem que mandou uma carta e foi respondido pelo Papa e resolveu fazer o mesmo.
“Antes de tudo, felicitei o Papa Francisco por seu belíssimo pontificado. Em seguida, falei que a Diocese de Rio Branco contava com as orações dele, assim como a gente também conta”, diz o jovem.
A carta do Vaticano chegou acompanhada de uma foto do Papa Francisco. Continha ainda o desejo de felicidade ao jovem e a benção apostólica. Gabriel considera a resposta como um incentivo para a vida religiosa.
O coordenador pastoral cita que o legado de Francisco deve incomodar os cristãos, no sentido de levantá-los e os empurrar para as periferias.
“Principalmente para o povo que ainda hoje é crucificado. O Papa Francisco partiu, mas o Evangelho que ele tanto pregou e tanto nos ensinou, continua gritando por justiça. E nós somos os responsáveis por proclamar essa ‘Boa Nova’ de um novo céu e uma nova Terra”, finalizou.

