Ataques de Israel à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (26) mataram mais de 50 pessoas, 33 delas deslocados que se abrigavam em uma escola, afirmou a Defesa Civil do território palestino, controlado pelo Hamas.
O número de mortos em Gaza desde o início da guerra, em outubro de 2023, já ultrapassa 53 mil, segundo autoridades locais —a maioria seria formada por civis. Desde março, quando o Estado judeu rompeu um cessar-fogo de dois meses, a cifra voltou a crescer rapidamente, assim como a deterioração das condições do território, que sofreu um bloqueio total de ajuda humanitária imposto por Tel Aviv por quase 80 dias.

Os mortos no bombardeio à escola Fami Aljerjawi, no bairro de Daraj, na Cidade de Gaza, incluíam mulheres e crianças, segundo médicos do território. Em Jabalia, no sul de Gaza, socorristas recuperaram 19 cadáveres após um ataque atingir a casa de uma família, segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.
O Exército de Israel disse que “terroristas importantes” estavam na escola bombardeada na Cidade de Gaza e que “tomou várias medidas para mitigar o risco de causar danos à população civil”. Afirmou também ter detectado três projéteis lançados a partir de Gaza nesta segunda, incluindo um que foi interceptado.
Apesar da crescente pressão internacional que levou Israel a suspender o bloqueio ao fornecimento de ajuda humanitária diante dos alertas de fome iminente, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse na semana passada que Israel controlaria toda a Faixa de Gaza.
Israel assumiu o controle de cerca de 77% do enclave por meio de forças terrestres ou ordens de evacuação e bombardeios que mantêm os moradores longe de suas casas, disse o gabinete de imprensa de Gaza.
A campanha israelense, desencadeada depois que militantes islâmicos do Hamas atacaram comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, devastou Gaza e expulsou quase todos os seus dois milhões de moradores de suas casas.