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No Acre, apenas 8% dos policiais militares terão câmeras corporais em 2025

Nesta segunda-feira (12), a Polícia Militar do Acre iniciou um curso voltado ao uso de câmeras corporais e técnicas de atuação com uso da força. A formação acontece no auditório da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, e tem como foco treinar os policiais para o uso correto da nova tecnologia.

O curso faz parte de um projeto antigo que finalmente saiu do papel graças a um convênio firmado com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O investimento total será de R$ 3 milhões, ao longo de dois anos, e cobre não apenas a compra das câmeras, mas também os custos de armazenamento e gerenciamento das imagens.

Apesar da iniciativa, o número de câmeras disponíveis será limitado: apenas 200 equipamentos serão entregues até o segundo semestre de 2025. Isso representa apenas 8,33% do efetivo da PMAC, que hoje tem cerca de 2.400 policiais. Na prática, significa que apenas um a cada doze agentes terá acesso ao equipamento.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) informou que, por enquanto, só a Polícia Militar será contemplada. Não há previsão para a expansão do uso das câmeras para outros órgãos da segurança pública do estado.

A principal justificativa para a demora e a quantidade limitada de dispositivos é o custo elevado e a necessidade de uma estrutura tecnológica complexa para fazer o sistema funcionar. Até que mais equipamentos sejam adquiridos, a maioria dos policiais continuará atuando sem o suporte das câmeras.

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