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Ônibus é assaltado, mas passageiros e motorista entram em luta corporal com suspeito, que é detido

Um ônibus executivo (conhecido como “frescão”) que fazia a linha 2345 (Vila Valqueire—Castelo) sofreu uma tentativa de assalto na noite desta sexta-feira na Zona Norte do Rio, na Rua Vinte e Quatro de Maio, próximo ao Méier. Segundo a Polícia Militar, um suspeito — identificado como Carlos Vicente Barros da Silva, de 42 anos — foi detido com uma arma falsa, após ser imobilizado por passageiros. Sete aparelhos celulares foram recuperados.

De acordo com o Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus da cidade, o motorista ainda foi agredido. Vídeos que circulam por grupos de mensagem chegaram a cogitar que se tratava de um sequestro, mas não foi o que ocorreu. Nas imagens, um homem aparece imobilizado ao lado da catraca do coletivo, enquanto policiais da UPP do Jacarezinho cercam o ônibus.

Luta corporal até imobilizar suspeito

 

Passageiros contaram ao EXTRA que o assaltante entrou no ônibus próximo ao elevado da Mangueira, na Zona Norte do Rio. Ele ficou um tempo atrás da roleta procurando o dinheiro da passagem. Logo após passar para o lado dos passageiros, o indivíduo anunciou o assalto e subtraiu sete celulares.

Ao tentar fugir, ele ordenou para que o motorista do veículo abrisse a porta, que, no modelo frescão, funciona como entrada e saída. O profissional estava conduzindo o veículo pela faixa da esquerda e teria hesitado em abrir a porta. Nesse momento, eles começaram numa luta corporal e os passageiros correram para ajudar o condutor. Em seguida, conseguiram prender o homem até a chegada da polícia.

— Ele começou a agredir o motorista e gritar “vou te matar, vou te bater”. Conseguimos contê-lo, mas ele foi muito covarde com o motorista — conta Luiz Maranhão, um dos passageiros.

Já a assistente administrativa Bianca do Nascimento conta que há alguns anos foi assaltada na mesma linha. Ela relata que ficou por meia década sem pegar esse ônibus, até começar há um mês num novo emprego, no Centro. Moradora de Quintino Bocaíúva, ela também foi vítima de um assalto saindo de casa há um mês e conta ter mudado seu trajeto, achando estar mais segura assim.

— Mas é só sensação né. Agora não sei o que farei para voltar a trabalhar, estou com muito medo de sair de casa — diz ela.

Carlos Vicente Barros da Silva irá para a sua nova passagem pela polícia, em ficha que inclui roubo, furto e receptação. Ele havia deixado a cadeia há cerca de dois meses, após 10 anos preso.

O veículo, de número de ordem C12502, segundo dados do GPS, estava desde as 6h12 desta sexta-feira nas ruas, circulando nessa mesma linha. A última atualização no sistema mostra o veículo parado na Rua General Belford, no Engenho Novo, onde fica a delegacia do bairro (25ª DP), para onde o coletivo foi levado para a realização do boletim de ocorrência.

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