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‘A Amazônia não é um fardo, é um privilégio’, diz Jorge Viana

Por Redação Juruá em Tempo.2 de junho de 20255 Minutos de Leitura
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Engenheiro florestal, ex-prefeito de Rio Branco, ex-governador do Acre e ex-senador, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, tem pela frente talvez a mais importante missão de sua longa carreira, iniciada junto ao seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988. Viana é um dos principais responsáveis por monitorar o andamento do acordo entre União Europeia e Mercosul, que criará “o maior bloco econômico do mundo”.

Viana analisou o impacto do futuro acordo em entrevista ao autor desta coluna, ao economista Paulo Dalla Nora Macedo e à jornalista portuguesa Margarida Davin, no programa de YouTube Lisboa Connection, videocast sobre temas relacionados a Brasil e Europa.

Analisou ainda a redução do desmatamento na Amazônia, que ele diz ser um “privilégio” do Brasil, não uma “maldição”; as medidas protecionistas de Donald Trump; e o potencial para dobrar o comércio entre Brasil e Europa, tendo Portugal como ponte entre os dois continentes.

Viana assumiu a presidência da ApexBrasil com a missão de impulsionar as exportações e atrair investimentos. Crítico do “tarifaço” de Trump sobre países como o Brasil, destacou a necessidade de uma postura pragmática na condução das relações comerciais.

“No governo anterior, o presidente Jair Bolsonaro fazia piada com a China, questionava o governo americano e também brigava com a Argentina. Você não pode fazer isso com os três parceiros comerciais mais importantes do Brasil. Tem que haver um nível de responsabilidade que separe as coisas. Temos que ser pragmáticos. Nessa hora de crise ou de ameaças tarifárias, não dá pra gente achar que alguém sairá vencedor. Todo mundo perde. As políticas comerciais do Trump são pelo menos 20 anos atrasadas.”

Mas oportunidades podem surgir nesse cenário. Um dos principais temas abordados por Viana foi o acordo entre União Europeia e Mercosul, cuja negociação se arrasta há mais de duas décadas. Segundo ele, o pacto está próximo de uma conclusão.

“Se a Europa fosse um país só, seria o segundo parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Porque temos um fluxo de comércio de US$ 90 bilhões. A gente exporta mais ou menos US$ 48 bilhões para a Europa. E, obviamente, temos uma dependência desse grande parceiro comercial”, diz. “O presidente Lula, no ano passado, empenhou-se pessoalmente e chegou em uma fase importante do acordo. Acabou a parte de negociação e agora vamos ver a aprovação nos parlamentos. Cada país terá que tomar uma decisão. Não precisa ter unanimidade, é maioria simples e será a mesma coisa no Mercosul. Vamos formar o maior bloco econômico do mundo, com uma população de 700 milhões de pessoas.”

Viana anunciou também a abertura de uma representação da Apex em Portugal, como parte da estratégia de fortalecer o comércio bilateral e usar o país como ponte para a Europa. “Temos um escritório já há algum tempo em Bruxelas. E agora, por decisão do presidente Lula, vamos criar uma representação em Portugal. Estamos reunindo todos os setores de comércio exterior das embaixadas e consulados para construirmos uma estratégia e fazer com que esse comércio, que já é muito importante, possa dobrar de tamanho.”

Ele falou sobre o papel do Brasil como fornecedor global de proteína bovina e sua força no setor agropecuário. Contudo, reconheceu que o país precisa responder às críticas internacionais relacionadas ao desmatamento. “O Brasil tem 25% da biodiversidade do planeta, 12% da água doce do planeta. Eu falo isso como ex-relator do Código Florestal Brasileiro, na época em que era senador. Se pegarmos uma fotografia do Brasil há quatro anos, o desmatamento tinha dobrado na Amazônia. Saímos de 5 mil quilômetros quadrados de desmatamento por ano para 11 mil quilômetros quadrados no governo Bolsonaro. No governo Lula, já reduzimos o desmatamento em quase 70% novamente.”

Na visão de Viana, o Brasil deve ser visto como uma potência verde por sua matriz energética, que tem fontes renováveis como trunfo para atrair investimentos e liderar a transição energética. “Sem pensar em energia renovável, não adianta. Os data centers têm um consumo de energia brutal.” Diante da observação de que consomem também grandes volumes de água, completou: “E onde é o endereço disso? O Brasil está virando o endereço.”

Viana lembrou também do ecossistema de inovação português e da necessidade de estreitar parcerias. “Portugal tem um espaço extraordinário para a ampliação dos negócios, com um dos maiores e melhores ecossistemas de startups do mundo, são mais de 80 mil startups. O Brasil tem 20 mil, temos muito a aprender com Portugal.”

Questionado sobre a influência de Chico Mendes em sua trajetória, Viana disse que ainda pensa muito no líder seringueiro. “Já se passaram quase 40 anos, lembro bem daquele 22 de dezembro de 1988, quando ele foi assassinado. Essa semana mesmo fui lá na casa, no local onde ele levou o tiro, eu frequentava aquela casa. Chico era uma pessoa além do seu tempo, por isso o mataram. Às vezes parece que ter a Amazônia é uma maldição, um fardo, um peso. Não, não pode ser. É um privilégio. Ainda bem que eu nasci lá.”

Por: PlatôBR.
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