Close Menu
  • Inicio
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Polícia
  • Política
  • Esporte
  • Cotidiano
  • Geral
  • Brasil
Facebook X (Twitter) Instagram WhatsApp
Últimas
  • Pedestre morre após ser atropelado na Avenida Lauro Müller, em Cruzeiro do Sul
  • Pedestre morto em atropelamento é identificado como Francisco Vanderlei de Almeida, conhecido como Lêla
  • Coronel Ulysses fortalece assistência social e amplia atendimento a famílias vulneráveis no Acre
  • Trabalhador morre após ser atingido por serra elétrica em frigorífico do interior do Acre
  • Tragédia: deslizamento de terra destrói casas em bairro de Cruzeiro do Sul
  • Quase 15% dos acreanos vivem em ruas sem acesso a carros, ônibus e caminhões
  • Inscrições para concurso da Ufac terminam nesta segunda-feira; salários chegam a R$ 14,4 mil
  • Abandono de atendimento médico a criança acolhida no Acre é alvo de investigação
  • Um em cada 10 agentes penitenciários teve diagnóstico de depressão
  • Mulher compra cofrinho em brechó e encontra R$ 10 mil guardados dentro
Facebook X (Twitter) Instagram
O Juruá Em TempoO Juruá Em Tempo
domingo, dezembro 14
  • Inicio
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Polícia
  • Política
  • Esporte
  • Cotidiano
  • Geral
  • Brasil
O Juruá Em TempoO Juruá Em Tempo
Home»Esporte

As premiações do mundial bilionário da FIFA

Por Redação Juruá em Tempo.23 de junho de 20255 Minutos de Leitura
Compartilhar
Facebook Twitter WhatsApp LinkedIn Email

Acaba de começar o maior campeonato de clubes da história – e ele é menos sobre taças e mais sobre negócios.

Com US$ 1 bilhão em prêmios, o novo Mundial de Clubes é a maior aposta comercial da história da FIFA: transformar o futebol de clubes num produto global, com receitas à la NBA, petrodólares como combustível e os Estados Unidos como palco.

Se der certo, os clubes virarão ativos de mídia, e a entidade poderá finalmente centralizar o jogo sob sua gestão, com alcance direto sobre o maior mercado consumidor do mundo.

A sede do mundial não é coincidência: os EUA concentram os maiores patrocinadores do esporte, as plataformas de mídia mais relevantes, e o consumidor disposto a pagar por entretenimento premium.

A DAZN – o streaming de esportes de Len Blavatnik – pagou US$ 1 bilhão para fazer a transmissão global. Pouco antes, a própria DAZN recebeu o mesmo valor do PIF, o fundo soberano da Arábia Saudita, que também se tornou patrocinador oficial do torneio.

A opção da FIFA pela DAZN não foi apenas financeira: a plataforma se comprometeu a transmitir os jogos gratuitamente, uma forma de escalar audiência e plantar a semente para a Copa do Mundo de 2034, que acontecerá em solo saudita.

Enquanto Riad investe em soft power, tentando redesenhar sua imagem e atrair turistas, a FIFA testa um novo modelo de negócios: mais “eyeballs”, mais receita recorrente, e mais influência num ecossistema ainda orbitado pela UEFA.

06 22 Gianni Infantino ok

O arquiteto do projeto é Gianni Infantino. Presidente da FIFA desde 2016, Infantino quer reduzir a dependência da UEFA e centralizar as grandes receitas em sua entidade.

Seu ego também entrou em campo: ele mandou gravar seu nome e a frase “Inspirado pelo presidente da FIFA Gianni Infantino” na base do novo troféu, uma peça de ouro 24 quilates produzida pela Tiffany & Co.

O plano inclui um sistema de premiação agressivo. Chelsea e Manchester City receberam US$ 38 milhões apenas para participar. Clubes da América do Sul, África e Ásia ganharam entre 10% e 20% disso, mas podem multiplicar esses valores com desempenho.

O campeão leva US$ 40 milhões. O vice, US$ 30 milhões. Semifinalistas ganham US$ 21 milhões, e os clubes que chegarem às quartas levam US$ 13 milhões.

Ao todo, são US$ 525 milhões em participação garantida e mais US$ 475 milhões por performance. O suficiente para transformar clubes médios em novos gigantes regionais de receita, ou, nas palavras do mercado, viabilizar uma “corrida da Cinderela” com final feliz e em moeda forte.

O modelo é promissor, mas cobra caro dos protagonistas. Vini Jr. e Valverde, ambos do Real Madrid, podem ultrapassar 80 jogos e 60 mil quilômetros voados numa única temporada. A FIFPRO, o sindicato global dos jogadores, já formalizou protestos. Pep Guardiola, técnico do Manchester City, chamou o calendário de “insustentável”.

Ainda assim, o bônus segue ditando o ritmo: o Real Madrid prometeu US$ 1 milhão a cada jogador em caso de título. No futebol, muitas vezes o dinheiro fala mais alto que a arte.

A Flórida virou a nova sede da FIFA. Infantino se mudou para Coral Gables, e Orlando é a única cidade com dois estádios no torneio (o Inter&Co Stadium, do Banco Inter, e o Camping World).

Coca-Cola, Visa e Bank of America estão entre os patrocinadores principais. O Bank of America garantiu exclusividade global no setor financeiro, mesmo sendo um banco com atuação quase 100% americana.

A política de preços reflete a busca por ocupação e narrativa: ingressos para jogos menos atrativos caíram de US$ 250 para US$ 50. Já partidas como Real Madrid x Al Hilal chegaram a custar US$ 7 mil no mercado secundário, sinal de que o americano está pronto para pagar caro por um produto esportivo premium.

Entre os 32 clubes, quatro são brasileiros. Botafogo, Palmeiras, Flamengo e Fluminense. Cada vitória na fase de grupos paga US$ 1 milhão. Passar para as oitavas garante mais US$ 2 milhões, valores comparáveis à premiação de toda uma temporada do Brasileirão.

Nas bets online da DraftKings, os brasileiros são azarões. Uma aposta de R$ 100 na vitória do Flamengo contra o Chelsea pagava R$ 320. Sorte de quem apostou. No entanto, os favoritos ao título são os suspeitos de sempre: Real Madrid, Manchester City, PSG e Bayern, um reflexo do domínio financeiro dos clubes-Estado.

Mesmo que não tragam o troféu, os clubes brasileiros ganham visibilidade global e seus jogadores podem entrar no radar da Seleção para 2026. Frente aos patrocinadores, é uma oportunidade de exposição rara, com audiência planetária e narrativa emocional. Marcar um gol pode ir muito além de ganhar um jogo. 

Essa visibilidade, inclusive para clubes fora do eixo europeu, é parte central do business case da FIFA. Quanto mais regiões se sentirem representadas e com chances reais de retorno financeiro, maior será o engajamento global, e maior o valor da audiência que se pretende capturar.

No fim, quem ganha?

O novo Mundial é, acima de tudo, um stress test: da FIFA, do futebol como produto e da disposição dos torcedores em consumir conteúdo em nova escala.

Para a FIFA, é uma aposta bilionária para virar protagonista do futebol de clubes. Para a Arábia Saudita, é parte de um plano que vai além do petróleo. Para os EUA, é a chance de consolidar o futebol como produto de massa, com patrocínios, mídia, estádios cheios e influência cultural. Gerar riqueza como de costume.

O futebol foi à América para virar negócio. Se funcionar, o troféu de ouro 24k será só um detalhe. E se não funcionar, o mundo vai assistir do mesmo jeito, de graça.

Kaio Philipe é CMO do Banco Inter.

Por: Brazil Journal.
Facebook X (Twitter) Pinterest Vimeo WhatsApp TikTok Instagram

Sobre

  • Diretora: Midiã de Sá Martins
  • Editor Chefe: Uilian Richard Silva Oliveira

Contato

  • [email protected]

Categorias

  • Polícia
© 2025 Jurua em Tempo. Designed by TupaHost.
Facebook X (Twitter) Pinterest Vimeo WhatsApp TikTok Instagram

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.