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Estudantes do Acre desenvolvem tratamento contra verminoses em gado com abóbora e bananeira

Por Redação Juruá em Tempo.8 de junho de 20254 Minutos de Leitura
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Um projeto de pesquisa realizado por estudantes do curso de Medicina Veterinária está criando novas possibilidades para o combate a parasitas em bovinos na região amazônica. A proposta inovadora é baseada no uso de sementes de abóbora e folhas de bananeira como alternativa fitoterápica de baixo custo e potencial sustentável. 

Pesquisa, em fase de execução, está sendo desenvolvida em uma propriedade rural de na BR-364, em Plácido de Castro/Foto: Cedida

O estudo é conduzido pelas acadêmicas Maria Jaíne Haddock e Larissa Moraes, com orientação da professora Bruna Laurindo Rosa, apoio técnico do professor Flávio Chaves e coorientação do professor Gabriel Barbosa.

A pesquisa, em fase de execução, está sendo desenvolvida em uma propriedade rural de na BR-364, em Plácido de Castro, com o apoio da produtora Elimar Teixeira, que disponibilizou seus animais e estrutura da Fazenda Aquarius II. 

O experimento busca verificar a eficácia dos fitoterápicos naturais na redução da carga parasitária dos bovinos, especialmente em um contexto de resistência crescente aos antiparasitários convencionais.

A iniciativa nasceu em sala de aula, durante um seminário sobre fitoterapia na disciplina de Doenças Parasitárias, ministrada pelo professor Flávio Chaves. A partir do trabalho apresentado, Maria Jaíne percebeu uma lacuna na literatura científica sobre o uso de fitoterápicos em bovinos. 

“Durante as pesquisas para confecção do trabalho achei alguns artigos sobre o efeito fitoterápico da semente de abóbora em pequenos ruminantes, porém com informações vagas. Era pouco mencionado sobre bovinos. E isso me deixou com uma certa curiosidade: por que não tinha para bovinos? Será que em bovinos vai ter efeito?”, contou a estudante.

A pesquisa foi feito pela dupla Maria Jaíne Haddock e Larissa Moraes/Foto: Reprodução

Animadas com o potencial da ideia, Maria Jaíne e Larissa Moraes procuraram a professora Bruna Laurindo para transformar o tema em projeto de pesquisa. “A ideia e toda a escrita partiram delas, uma construção conjunta, e eu fiquei muito feliz com isso. O papel do orientador é encorajar seus orientandos a pensarem fora da caixa, ajudando na construção e corrigindo as falhas”, afirmou Laurindo.

As estudantes enfrentaram desafios logo no início do projeto, como a busca por parceiros e a obtenção dos ingredientes. “No início do projeto estávamos pedindo doações nas feiras, mas com o tempo os comerciantes passaram a cobrar o que antes davam de graça. Então, realizamos a compra das sementes pela internet. Já as folhas foram doadas pela família da Maria Jaíne”, explicou Larissa.

A metodologia do estudo envolve cinco coletas de fezes dos animais, que são submetidas a exames como o OPG (ovos por grama de fezes) e a coprocultura, que permitem medir a carga parasitária e identificar o estágio larval dos parasitas. Os fitoterápicos são fornecidos em forma de farelo, misturados à ração tradicional da fazenda. “Tanto o farelo da folha quanto da semente foram bem aceitos pelos animais”, destacaram as estudantes.

Entre os critérios adotados para seleção dos bovinos estão idade semelhante, fêmeas da raça nelore e peso equilibrado entre os grupos experimentais. A segunda fase do estudo avaliará a evolução dos animais ao longo do tempo. “Queremos saber se a carga parasitária realmente diminuiu após a introdução desses alimentos”, reforçou a dupla.

A professora destaca o potencial da pesquisa na realidade regional: “A ideia da pesquisa em si não é inovadora para outras partes do país, mas para nossa região sim. O uso de fitoterápicos, com materiais que os pequenos produtores podem ter no quintal, foi a base da pesquisa. É mais comum encontrar trabalhos com ovinos e caprinos, mas para bovinos os estudos são mais escassos”, explicou. 

As folhas de bananeira e sementes de abobora são o centro da pesquisa/Foto: Reprodução

Segundo ela, embora a expectativa seja alta, “na ciência não pode haver espaço para achismos. Não é e não será uma solução única, mas poderá ajudar tanto na redução dos custos com antiparasitários como na resistência aos fármacos comuns”.

Além dos ganhos acadêmicos e científicos, a proposta também pretende oferecer uma alternativa viável para pequenos e médios produtores da Amazônia Legal. 

“Queremos produzir conhecimento sobre a realidade local, para que os próprios produtores possam aproveitar os recursos que já têm em mãos. Muitos já cultivam esses ingredientes, só faltava saber que eles também podem ser remédio”, afirmam as garotas.

Com a conclusão das coletas e análises, as estudantes esperam publicar os resultados em revistas especializadas e apresentar em eventos acadêmicos. 

“A pecuária é um setor que cresce a cada dia, e a adoção de novas tecnologias na produção é essencial. São pequenas coisas que fazem a diferença. A pesquisa está aqui para isso: para encontrar soluções e estratégias para tornar mais eficaz e sustentável a produção pecuária”, conclui a dupla.

Por: Contilnet.
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