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PCC já está em ao menos 28 países, incluindo Turquia e Japão; veja mapa

Primeiro Comando da Capital (PCC) tem integrantes em ao menos 28 países, além do Brasil, aponta mapeamento do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). São mais de 2 mil “soldados” da facção criminosa espalhados pelo exterior – incluindo na Ásia –, com atuação dentro e fora dos presídios.

Com o Brasil, esse número sobe para 40 mil. Paraguai, Venezuela e Bolívia são os locais com mais membros fora do País. Os ganhos do PCC, que surgiu há pouco mais de três décadas em presídio de Taubaté, no interior paulista, chegam a US$ 1 bilhão por ano (cerca de R$ 5 bilhões), estima o MP-SP. O carro-chefe é o tráfico internacional de cocaína.

O relatório sobre a presença do PCC pelo mundo foi divulgado inicialmente pelo portal g1 e obtido pelo Estadão.

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP, aponta que a presença massiva em nações vizinhas se deve sobretudo a questões logísticas – são locais, diz ele, com geografia estratégica para o tráfico.

(A presença de integrantes) Facilita o contato e (a definição de) rotas com países produtores de cocaína”, afirma Gakiya. Investigações apontam que a cocaína exportada pelo PCC para outros continentes vem principalmente de Bolívia, Peru e Colômbia.

Entre os principais destinos da droga, estão países de África, da Europa e até da Ásia. Como já mostrou o Estadãolocalidades desse último continente entraram na rota do tráfico nos últimos anos, pela possibilidade de alavancar os lucros com a venda da cocaína.

Atualmente, há integrantes do PCC inclusive no Japão. São ao menos três, todos nas ruas, conforme o mapeamento feito pelo MP no fim de 2023 com base em informações obtidas por meio do monitoramento de membros que compõem as chamadas sintonias (alto escalão) da facção.

O documento, segundo Gakiya, tem sido utilizado pelo MP em encontros com consulados e embaixadas para buscar cooperações internacionais.

No mês passado, Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foi preso ao tentar renovar sua identidade boliviana usando documento de identidade falso em Santa Cruz de La Sierra. A suspeita é que os principais líderes do PCC nas ruas estejam vivendo no país vizinho.

O mapeamento do Ministério Público aponta que, na época da consolidação dos dados, a Bolívia tinha 146 integrantes do PCC – é o 3º país com a maior quantidade. Paraguai e Venezuela teriam, respectivamente, 699 e 656.

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