O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (17) que não será candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. Durante evento em Presidente Prudente, no interior paulista, ele declarou que pretende disputar a reeleição no governo estadual e negou os rumores sobre uma possível chapa com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como vice.
“Sou candidato à reeleição no estado de São Paulo”, declarou Tarcísio, durante coletiva de imprensa após sua participação na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte).
A fala vai na contramão das especulações que ganharam força nos bastidores do Palácio dos Bandeirantes nas últimas semanas, impulsionadas pela busca do ex-presidente Jair Bolsonaro por um nome de confiança para representar seu grupo político em 2026.
Com Bolsonaro enfrentando processo no Supremo Tribunal Federal (STF), aliados têm cogitado nomes capazes de manter a pauta bolsonarista viva e, eventualmente, garantir um eventual indulto. Nesse contexto, a ideia de uma chapa liderada por Tarcísio com Michelle como vice era vista por apoiadores como uma estratégia viável para preservar o legado político do ex-presidente.
Nos bastidores, interlocutores de Tarcísio reafirmam sua lealdade a Bolsonaro e dizem que o governador seguirá as diretrizes do ex-presidente para o próximo pleito. Ainda assim, publicamente, o chefe do Executivo paulista prefere manter o foco na gestão estadual e rechaçar, por ora, qualquer movimentação rumo ao Palácio do Planalto.
A proximidade entre Tarcísio e o ex-presidente continua evidente, com ambos participando de eventos conjuntos e trocando elogios em discursos públicos. Mesmo assim, o governador tem se esforçado para construir uma imagem de gestor técnico e independente, em contraste com o apelo ideológico que marca o bolsonarismo.
Enquanto isso, o nome de Michelle Bolsonaro segue como uma peça-chave na tentativa de mobilizar a base conservadora. A ex-primeira-dama é vista por aliados como figura carismática, com potencial para atrair eleitores fiéis e manter viva a influência de Bolsonaro no cenário político nacional.

