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Cães detectam Parkinson pelo cheiro da pele anos antes dos sintomas

Além de serem os melhores amigos do homem, os cachorros podem ajudar a proteger seus tutores. Um novo estudo mostrou que cães treinados podem detectar o Parkinson por meio do cheiro da pele dos pacientes antes mesmo que eles apresentem os primeiros sintomas da doença.

A pesquisa conduzida por pesquisadores da organização Medical Detection Dogs e das universidades de Bristol e Manchester, ambas no Reino Unido, foi publicada na segunda-feira (14/7), no The Journal of Parkinson’s Disease.

“Estamos extremamente orgulhosos de dizer que, mais uma vez, os cães podem detectar doenças com muita precisão. O diagnóstico oportuno é fundamental, pois o tratamento subsequente pode retardar a progressão da doença e reduzir a intensidade dos sintomas”, destaca a coautora do artigo, Claire Guest, CEO e diretora científica da Medical Detection Dogs, em comunicado.

O que é o Parkinson?

Cães detectam Parkinson com alta precisão
Durante as observações, dois cachorros – Bumper, um Golden Retriever, e Peanut, um Labrador – foram treinados ao longo de várias semanas com mais de 200 amostras de sebo de pessoas com e sem Parkinson. Em um teste duplo-cego, onde nem participantes e nem pesquisadores sabem quem está recebendo tratamento ou intervenção, os pets atingiram os seguintes resultados:

As amostras foram apresentadas aos cachorros em um sistema de suporte, e os animais foram recompensados sempre que indicavam corretamente uma amostra positiva e por ignorar corretamente uma amostra negativa.

Esperança para o diagnóstico precoce do Parkinson
Ainda existe um teste definitivo para diagnosticar o Parkinson. Em alguns casos, os sintomas podem levar até 20 anos para aparecerem. Nesse cenário, o estudo surge como uma esperança ao encontrar biomarcadores olfativos, e se tornar uma possibilidade importante para o diagnóstico precoce e intervenção oportuna.

“A identificação de biomarcadores diagnósticos do Parkinson é objeto de muitas pesquisas em andamento. Níveis de sensibilidade de 70% e 80% estão bem acima do acaso, e acredito que os cães podem nos ajudar a desenvolver um método rápido, não invasivo e econômico para identificar pacientes com a doença”, finaliza a autora principal do artigo, Nicola Rooney, professora da Universidade de Bristol.

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