O técnico Dorival Júnior viu um Corinthians com mais energia nesta noite em relação à equipe que foi derrotada pelo São Paulo no último fim de semana, pelo Brasileirão.
Na entrevista coletiva após o empate sem gols diante do líder Cruzeiro, o comandante do Timão teve momentos de desabafo sobre a pressão que vive no clube e, repetindo entrevistas anteriores, voltou a citar a necessidade de reforços para a sequência da temporada:
– Tranquilidade não existe no futebol. Erra quem diz que existe tranquilidade no futebol, não tem. Eu sou muito sincero com vocês: vim para cá e acertei o meu contrato com o presidente, juntamente com o Fabinho. Pontuei naquele dia do acerto do meu contrato que eu precisava de quatro elementos.
– Não vou falar de posições, mas eu precisava de quatro elementos. Me foi assegurado que isso aconteceria. Fabinho está trabalhando que nem um louco e deu exemplo claro que será um dos grandes executivos do futebol brasileiro pela postura que teve nessas últimas duas semanas.
– A postura que teve, a maneira que conduziu o processo, eu dificilmente vi um executivo de futebol com a postura e com a presença que o Fabinho teve, abraçando todo o trabalho dentro do nosso centro de treinamento, mudando o perfil que foi gerado após o resultado contra o São Paulo.
Sobre o empate sem gols com o Cruzeiro na noite desta quarta-feira, o comandante do Corinthians alegou ter visto uma equipe com mais energia em campo em relação ao clássico do último sábado, contra o São Paulo. O treinador pontuou a força do adversário, líder do Brasileirão, para sair em defesa de seus jogadores.
– Hoje em dia no futebol brasileiro estamos tendo isso: equilíbrio. Na maioria das partidas as defesas prevalecem sobre os ataques, temos que ter essa consciência. Foi um jogo muito disputado, de ocupação de espaços, de entendimento de jogo, fato esse que nos levou a ter oportunidades importantes. Tivemos um início irregular, instável, mas a partir de um momento começamos encontrar um caminho. Jogamos contra a equipe que é líder da competição – iniciou Dorival.
– Não escondo de ninguém o que já falei anteriormente: temos algumas carências importantes quando nos faltam jogadores fundamentais para determinadas posições e funções. Não tenho dúvidas que iremos crescer e melhorar. A partida contra o São Paulo foi muito diferente daquilo que a equipe vinha apresentando na maioria dos jogos.
Contra o Cruzeiro, empurrado por sua torcida, o Corinthians teve sete finalizações – número abaixo da média até mesmo para a equipe, que é a segunda que menos chuta no Campeonato Brasileiro. Questionado sobre a baixa produção ofensiva, Dorival voltou a utilizar um argumento já dito em jogos anteriores.

