É noite de 15 de agosto de 2025. E eu estou aqui. Escondido, ou melhor dizendo, discretamente camuflado entre arranjos de flores, lustres, garçons e pessoas bonitas demais para parecerem reais. A música vibra pelas paredes do charmoso castelinho bem no meio da Baía de Guanabara. Sim, esse mesmo: o da Ilha Fiscal no Rio de Janeiro, cenário do último baile do Império antes da Proclamação da República, em 1889. Hoje, é palco de outro tipo de virada histórica, a de Bruna Marquezine, que celebra a chegada dos seus 30 anos. O aniversário dela mesmo é dia 4 de agosto.
Soube que o local da festa era esse quando a jornalista Gaby Cabrini contou no Fofocalizando, do SBT. E tem algo de mágico aqui. Algo entre a ostentação e o sagrado. Uma atmosfera que mistura séculos e selfies. História e modernidade. A atriz, que desde os sete anos tem os olhos do Brasil sobre ela, segue recebendo amigos e familiares numa atmosfera que lembra aquelas noites raras em que o tempo parece parar só para a beleza acontecer: luz baixa, trilha envolvente, figurinos impecáveis.
O valor do aluguel da Ilha já estava circulando: começa em R$ 75 mil. Mas o que eu descobri por uma fonte que está bem por dentro desse bastidor é que o custo da festa supera a marca de R$ 1 milhão. Tudo pensado com o glamour digno de Hollywood: decoração sofisticada, buffet requintado, detalhes nas taças, tecidos, o perfume do ambiente. Até o look escolhido a dedo por Bruna, com styling minucioso e joias elegantes.
Ouvi também que um amigo milionário e generoso ofereceu como presente uma atração internacional para a festa, um DJ badalado. Ninguém me confirmou se a atriz aceitou. Bruna é bem discreta.
Muitos famosos estão chegando. Soube que o ator João Guilherme está na lista e que, sim, foi convidado. Mas Enzo Celulari e o jogador Neymar, apesar do passado compartilhado, não foram chamados. Esses dois ex não vão ver a comemoração de perto. Talvez porque, depois do fim, até sobre algum carinho. Mas nem sempre sobra espaço. O afeto até pode resistir à decepção, mas a presença, nem sempre.
Para esse momento aqui, isso acaba sendo detalhe. A festa mal começou, mas o roteiro já parece de novela das nove. E talvez não seja coincidência. Bruna Marquezine nunca foi só atriz. Ela é personagem da nossa memória afetiva e também autora da própria história.
Essa comemoração diz muito sobre a mulher que Bruna se tornou. Sobre como ela atravessou a fama, os amores, as críticas, os holofotes e escolheu seguir sendo ela. Parece simples, mas não é. Aos sete anos, a gente já sabia quem era Bruna. Era a Salete de Mulheres Apaixonadas, a menina que chorava com verdade. Aquela ali já sentia o mundo de um jeito intenso. E quem sente com profundidade carrega no peito tanto as luzes quanto as sombras da exposição.
Bruna cresceu diante das câmeras. Foi Lurdinha em América, Belezinha em Aquele Beijo, Luiza em Em Família, Catarina em Deus Salve o Rei. Cada papel foi também um espelho de uma fase da sua própria vida. Mas o que talvez muita gente não saiba é o quanto ela lutou para continuar sendo atriz, e não apenas um rosto famoso. Quando saiu da Globo, decidiu trilhar novos caminhos. E o mundo se abriu. Bruna virou presença em Cannes, Paris, Milão. Estava no Met Gala, no Oscar. Estreou em Hollywood como Jenny Kord, no longa Besouro Azul, da DC Comics. Uma carreira internacional promissora e conquistada com foco e dedicação.
Ela escolheu não focar na carreira paralela de influencer. Num tempo em que muita gente disputa para ser vista, Bruna quer ser sentida. E isso diz muito sobre ela.
No livro Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés explica algo muito forte: “Não há erro maior do que esquecer quem se é para agradar ao mundo. A alma sabe o caminho. Basta ter coragem de segui-la, mesmo quando o resto não entende.”
E Bruna precisou aprender a lidar com a incompreensão de muitos.
Claro que parte do público ainda a associa a seus relacionamentos. E tá tudo bem. Faz parte do seu crescimento, da sua história. Ora, o que seria de nós sem os amores? Seus fins, suas lições…
Foram seis anos entre idas e vindas com Neymar, do primeiro beijo em 2012 até o término definitivo após a Copa de 2018. Um romance real, midiático e emocionalmente exposto. Depois vieram amores mais discretos: Enzo Celulari, João Guilherme, além de affairs com Gian Luca Ewbank, com o ator Maurício Destri, Xolo Maridueña, com quem contracenou em Besouro Azul, e alguns outros nomes.
Mas o mais bonito de Bruna é que nenhum desses relacionamentos a limitou. Ela viveu o que teve de viver e soube seguir. Fazendo alusão a uma passagem de Cecília Meireles, para mim, Bruna aprendeu com as primaveras a se deixar cortar e a voltar sempre inteira.
E o refúgio da Bruna, hoje, parece ser a arte. A fé. E a verdade. Cristã, vive sua espiritualidade com leveza. Bruna é daquelas raras figuras públicas que não gritam. Silenciam com firmeza.
essa festa dos 30 será, ao que tudo indica, uma celebração desse percurso. A menina que encantou o Brasil, que cresceu sob os holofotes, que enfrentou rótulos e amou sob os flashes, agora protagoniza a sua própria narrativa.
Que Bruna siga vivendo assim, entre a leveza da fé e o peso da sua jovem, mas já potente trajetória. Que continue recusando o caminho mais fácil. Que se mantenha fiel à atriz que é, à mulher que se tornou, à alma que, mesmo atravessada pela fama, nunca perdeu a sensibilidade.
Porque, no fundo, Bruna é um grande exemplo de que crescer também é escolher. Escolher com quem celebrar. O que deixar para trás. E o que, ou quem, manter no coração, mesmo que à distância.
Bruna nos lembra que nem toda virada precisa de barulho. Às vezes, basta verdade. Às vezes, basta silêncio.
Bruna decidiu não interpretar uma mulher forte. Simplesmente se tornou uma.
Retorno em novela sertaneja
Revelação de Pantanal como Tibério, Guito está de volta à Globo após três anos longe das novelas. Segundo a Folha de S. Paulo, o ator que conquistou o público como um violeiro no remake de 2022 foi escalado para Coração Acelerado, nova trama das 18h com estreia prevista para janeiro de 2026. Ambientada no universo da música sertaneja, a novela já tem confirmados nomes como Filipe Bragança, Isadora Cruz, Gabz, Leandra Leal, Isabelle Drummond e Lázaro Ramos.
E tem mais…
Após três anos afastado da teledramaturgia, o talentoso Marcos Caruso também está de volta à Globo e vai estar no elenco de Coração Acelerado. O folhetim é assinado por Izabel de Oliveira e Maria Helena Nascimento. Com Caruso no time, a produção ganha aquele peso de veterano que o público ama.
Suspense e tensão
A Globo já bateu o martelo: Dias Perfeitos, série baseada no livro de Raphael Montes, estreia no Globoplay no dia 14 de agosto. No elenco, nomes como Jaffar Bambirra e Julia Dalavia prometem levar o público a uma história repleta de suspense. O estudante de medicina Téo sequestra Clarice na esperança de conquistar seu coração, mas tudo se complica com reviravoltas intensas. Fabiula Nascimento e Débora Bloch também integram o elenco. A direção é de Joana Jabace e o roteiro final, de Claudia Jouvin.