Com as atrações nacionais da Expoacre 2025 oficialmente anunciadas, os fãs já começaram a se mobilizar — e algumas histórias simplesmente tocam o coração. Uma delas vem da Vila Jorge Kalume, no Distrito Industrial de Rio Branco, onde mora João Vitor Silva de Queiroz, de 29 anos. Fã declarado de Zezé Di Camargo e Luciano, ele vive a expectativa de, enfim, realizar o sonho de conhecer a dupla que o acompanha desde a infância.
João Vitor, o maior fã de Zezé di Carmago e Luciano/Foto: Geovany Calegário
João Vitor nasceu prematuro, com apenas seis meses de gestação, e enfrentou diversas paradas respiratórias logo após o nascimento. A mãe, Josy, relembra o momento com emoção. “Quando cheguei na maternidade, o médico disse que ele estava morto, que eu precisava tomar um remédio pra expelir o feto. Mas, para a glória de Deus, ele nasceu com vida. E hoje está aqui, com quase 30 anos. É um milagre.”
A limitação causada pela paralisia cerebral nunca impediu João de sonhar alto. Ele cresceu embalado pelas músicas de Zezé Di Camargo e Luciano, influência direta da tia Maria, que colecionava os CDs da dupla entre os anos 1990 e 2000. “Ela tinha todos. As meninas da vizinhança vinham aqui pedir emprestado. A gente ouvia o dia inteiro”, relembra, sorrindo.
João mostrou um conhecimento amplo sobre os sucessos da dupla e elegeu É o Amor, Pior é te perder e Momento a Dois “que foi o primeiro sucesso dele de carreira solo em 1986” suas faixas favoritas.
“Ele é um milagre”, disse Josy, mãe de João Vitor/Foto: Geovany Calegário
Agora, com a confirmação do show da dupla em Rio Branco, seu maior desejo é conhecer os ídolos pessoalmente. “Quero tirar uma foto, dar um abraço e um beijo. Desde pequeno sonho com isso. Se puderem me ajudar, Deus vai abençoar vocês”, diz João. E a mãe completa: “Ele é caseiro, mas pra ver o Zezé e o Luciano, ele sai. E sai com alegria.”
A história de João Vitor é um lembrete poderoso do alcance da arte. Mesmo sem saber, artistas como Zezé Di Camargo e Luciano inspiram vidas em lugares distantes, nos lares mais simples, onde a música vira combustível de esperança e superação. E quem sabe, neste ano em que a Expoacre completa 50 anos, um encontro inesquecível esteja prestes a acontecer.

