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Jovem morre após envenenamento e padrasto é preso como principal suspeito

São Paulo – Lucas da Silva Santos, 19, teve a morte encefálica confirmada na tarde de domingo (20), após passar quase 10 dias internado no Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O jovem havia sido hospitalizado no último dia 12 de julho, com sintomas de envenenamento, após ingerir bolinhos de mandioca enviados por uma parente. As investigações da Polícia Civil apontaram o padrasto da vítima, Admilson Ferreira dos Santos, como o principal suspeito do crime.

A morte de Lucas gerou grande comoção, e a família autorizou a doação de seus órgãos. A Prefeitura de São Bernardo lamentou o ocorrido e afirmou que seguirá colaborando com as investigações, enquanto aguarda o laudo final do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer as causas do envenenamento.

O padrastro de Lucas foi preso temporariamente na última quarta-feira (16) e agora será indiciado por homicídio triplamente qualificado. De acordo com a delegada Liliane Doretto, responsável pelo caso, Admilson também responderá por três crimes de abuso sexual cometidos contra os enteados.

Dois irmãos de Lucas relataram à polícia que foram vítimas do padrasto quando tinham apenas quatro e nove anos. Apesar da ausência de denúncias formais na época, os relatos foram considerados consistentes e serão incluídos no inquérito.

Ainda segundo a delegada, Admilson exercia forte controle emocional sobre as vítimas, o que pode ter dificultado as denúncias anteriores, inclusive no caso de Lucas, que teria sofrido manipulações semelhantes.

Inicialmente, a tia de Lucas, Cláudia Pereira dos Santos, irmã de Admilson, chegou a ser apontada como suspeita, já que foi ela quem enviou os alimentos. No entanto, o avanço das investigações mudou o rumo do caso, e agora as autoridades trabalham para esclarecer a motivação do crime e a participação exata do padrasto.

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