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Morre o General Ítalo Fortes Avena, ícone da engenharia militar brasileira

O Brasil perdeu na madrugada de 26 de julho de 2025 uma das mentes mais brilhantes da engenharia militar. Faleceu aos 77 anos o General de Exército Ítalo Fortes Avena, nascido em 14 de novembro de 1947 na cidade de Cachoeira do Sul, RS. Reconhecido por sua atuação estratégica na infraestrutura nacional, Avena deixa um legado técnico e humano que marcou gerações. O velório foi marcado para 27 de julho em Brasília. 

Ainda na infância, Ítalo nutria uma profunda admiração pela Região Amazônica, imaginando aventuras entre rios caudalosos e a imensidão da floresta. Embora essas incursões ficassem restritas à imaginação juvenil, elas moldaram sua sensibilidade e visão de país.

Seu ingresso no Exército foi inicialmente voltado à Artilharia, inspirado pelo 3° Grupo de Obuses 155 de sua cidade natal. No entanto, o contato com o trabalho do 50º Batalhão de Engenharia de Construção, o “Pioneiro da Amazônia”, fez com que abraçasse a Engenharia Militar com convicção — escolha que o acompanharia por toda a vida.

Como Capitão do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) em Cruzeiro do Sul (AC), desempenhou papel fundamental em obras regionais e conheceu Maria Lúcia Lima, com quem se casou.

Ao longo de sua carreira, coordenou obras de grande impacto:
– Mais de 16 mil km de rodovias em todo o Brasil
– Participação em projetos como BR-319, BR-163, duplicação da BR-101 no Nordeste e a transposição do Rio São Francisco
– Forte defensor do pavimento de concreto, por sua durabilidade e custo-benefício

Após a reserva, atuou como consultor militar da ONU, representando o Brasil em missões internacionais. Publicou artigos sobre política de transportes, defendendo as rodovias como instrumento de integração nacional. Via o papel do Exército como força de desenvolvimento e ocupação territorial.

O velório será reservado à família e amigos próximos, com homenagens previstas em unidades militares pelo país. O legado do General Ítalo Avena permanece gravado não apenas nas estradas que cruzam o Brasil, mas nas memórias daqueles que, como ele, viram na Amazônia não apenas uma selva — mas um chamado.

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