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Caso Aurora: inquérito está em fase final e profissional deve ser indiciada por lesão corporal grave

O inquérito que apura os ferimentos graves sofridos pela recém-nascida Aurora Maria, durante um banho na Maternidade do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, está próximo de ser finalizado. O delegado Vinicius Almeida, informou que pretende enviar o processo ao Judiciário nesta quinta-feira (7).

Aurora e sua família retornaram a Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira (6), depois de mais de um mês em Belo Horizonte, onde a criança passou por tratamento intensivo no Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Hospital João XXIII. Durante a internação, a bebê chegou a sofrer uma parada cardíaca de 39 minutos, mas, apesar disso, vem demonstrando boa recuperação.

A investigação da polícia já aponta que a profissional envolvida no atendimento será responsabilizada por lesão corporal grave com dolo eventual — quando se reconhece o risco do resultado e mesmo assim a conduta é mantida. A punição para esse crime pode variar de um a cinco anos de prisão, podendo ser maior dependendo da gravidade.

“Estamos aguardando o pai da criança trazê-la ainda pela manhã [de quinta, 7] para ser submetida a exame de corpo de delito complementar”, declarou o delegado. A nova avaliação médica poderá confirmar se houve deformidade permanente, o que pode levar a uma nova tipificação penal. “Daí seria outro artigo. Se confirmada a deformidade, a pena sobe para dois a oito anos”, explicou.

Um exame genético ajudou a descartar a hipótese de epidermólise bolhosa, condição rara que havia sido considerada como possível explicação para os ferimentos de Aurora. O laudo, divulgado pela família nesta quarta-feira (6), mostra que as bolhas surgiram ainda no primeiro dia de vida, começando pela perna direita e se espalhando pela esquerda, com lesões severas nos pés, dedos e tornozelos, que evoluíram com piora ao longo dos dias.

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