O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes classificou como “conduta imoral” do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que afirma atuar para que os Estados Unidos aplique sanções contra o Brasil. A declaração do decano ocorre durante a cerimônia de abertura dos trabalhos da Corte após o recesso de julho.
No dia 30 de julho, a Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro. Em comunicado assinado pelo secretário Scott Bessent, o Tesouro afirmou que Moraes prendeu pessoas arbitrariamente e suprimiu a liberdade de expressão. O comunicado cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. No texto, Bessent apontou a violação aos direitos humanos para justificar a aplicação da sanção.
De acordo com Moraes, uma organização criminosa age de forma “covarde e traiçoeira para submeter STF ao crivo de um Estado estrangeiro”. O magistrado ainda comparou a atuação desses grupos com a de milícias.
Para o magistrado, os “pseudopatriotas” não tiveram coragem de permanecer no Brasil, e destacou que o STF, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a Polícia Federal não se “vergarão a essas ameaças”.

