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Estiagem prolongada afeta comunidades indígenas de Marechal Thaumaturgo

As comunidades indígenas do município de Marechal Thaumaturgo, no interior do Acre, enfrentam sérias dificuldades devido à estiagem prolongada que atinge a região. A redução acentuada da vazão do Rio Bagé, afluente do Tejo e integrante da bacia do Rio Juruá, tem comprometido a navegação, dificultando o transporte de pessoas, alimentos, medicamentos e materiais escolares.

Cinco aldeias localizadas às margens do Rio Bagé, onde vivem mais de 300 indígenas, são as mais afetadas pela situação. Segundo o cacique geral das aldeias do Alto Bagé, Zé Francisco Arara, uma viagem de barco que antes levava até seis horas para chegar a Marechal Thaumaturgo, agora pode durar até dois dias.

Diante dos desafios, lideranças indígenas têm buscado alternativas para minimizar os impactos da estiagem. Uma das estratégias adotadas é a construção de tanques de piscicultura, com apoio do Fundo Amazônia, para garantir a segurança alimentar durante os períodos de seca, conforme destaca Francisco Piyãko, coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ).

O acesso a atendimento médico também tem se tornado mais difícil. Isaac Piyãko, coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Juruá, explica que, apesar da experiência adquirida em eventos anteriores, a baixa dos rios dificulta ainda mais o transporte e a prestação de serviços de saúde.

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