Charlie Sheen, 60 aos, revelou que o cartel mexicano que lhe fornecia cocaína interrompeu a venda de drogas devido a seu consumo excessivo. O ator deixou em 2011 a série “Two and a Half Men”, através da qual ficou bastante conhecido, por conta de problemas causados por vícios em drogas e álcool.
“Eles nunca tinham visto alguém comprar essa quantidade. As únicas outras pessoas a quem eles entregavam esse peso eram traficantes. Eles pensaram que eu estava fazendo negócios paralelos”, disse o artista durante sua participação na edição australiana do programa “60 Minutes”, exibida no último domingo, 21.
“É verdade que você estava fumando pedras de sete gramas de crack?”, questionou a jornalista Amelia Adams, que estava conduzindo a entrevista.
“Bem, nós nunca colocamos em uma balança. Mas essa foi a quantidade que foi cozida para chegar naquele formato”, respondeu Sheen.
Ainda durante a entrevista, o ator acrescentou que, em determinado momento, comentou que precisava de “um cano maior” para o preparo da droga, e surpreendeu a apresentadora ao comentar que “é meio engraçado, não?”.
“É engraçado, mas você também tem sorte de estar vivo”, respondeu a jornalistas.
Em 2011, Charlie Sheen deixou de atuar na série “Two and a Half Men” justamente por enfrentar problemas com o vício em drogas e álcool, que teriam provocado, também, comportamento difícil, além de críticas públicas ao criador da série, Chuck Lorre. Na ocasião, a Warner Bros. encerrou seu contrato por “má conduta” e “declarações públicas conturbadas”.
Autobiografia
Sheen também falou sobre seu projeto autobiográfico, que envolve a publicação de um livro e o documentário “aka Charlie Sheen”, através do qual ele confessa ter tido relações sexuais com homens. Ele contou que decidiu relatar o caso porque estava sendo chantageado por pessoas que sabiam de suas ações.
“[A mensagem é] ‘você não tem mais controle sobre mim com suas exigências de extorsão’”, contou ele, acrescentando que esse foi apenas um dos motivos de ter exposto o caso. “Não foi [só] isso que motivou a decisão. É mais um benefício não especificado dessa decisão”, acrescentou.

