Apesar da redução no número de acidentes de trânsito em 2025, Cruzeiro do Sul vive um cenário alarmante: o total de mortes aumentou. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), foram registrados 306 acidentes até agosto deste ano, contra 330 no mesmo período de 2024. No entanto, os óbitos subiram de seis para oito — sete contabilizados pelo estado e um em trecho federal da BR-307.
Com isso, a cidade de 91 mil habitantes e uma frota de 46.200 veículos mantém um tráfego considerado intenso. A diretora-presidente do Detran, Taynara Martins, aponta que mais de 92% das ocorrências são provocadas por imprudência dos motoristas. “Excesso de velocidade, desrespeito à sinalização e ultrapassagens perigosas estão entre os principais fatores”, afirma.
Diante desse cenário, Martins reforça que a mudança depende do engajamento coletivo. “Cada vítima que morre no trânsito deixa uma lacuna para a família e para os órgãos de trânsito. Toda vida importa. Estamos capacitando nossos policiais e agentes de trânsito, mas precisamos ir além”, declarou.
Para enfrentar o problema, o Detran intensificou estudos trimestrais sobre o comportamento dos condutores e aposta em ações educativas. Blitz de conscientização, campanhas públicas e fiscalização mais rigorosa estão entre as estratégias adotadas para tentar frear a violência nas vias da cidade.
Por fim, o aumento das mortes acende um alerta sobre a eficácia das medidas atuais e a urgência de uma cultura de respeito no trânsito. Em Cruzeiro do Sul, salvar vidas depende não apenas de políticas públicas, mas da responsabilidade de cada motorista ao volante.

