O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, mas ainda é um tema cercado de tabus. No entanto, especialistas alertam que falar sobre o assunto é essencial para prevenir tragédias. O Setembro Amarelo surgiu como uma campanha de conscientização para destacar a importância do cuidado com a saúde mental e do apoio emocional.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, o que representa uma morte a cada 40 segundos. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte.
No Brasil, os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que cerca de 14 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, uma média de 38 pessoas por dia. A maioria dos casos envolve homens (80%) e pessoas entre 20 e 39 anos. Os registros também mostram um aumento de casos entre crianças e adolescentes, reforçando a necessidade de atenção de famílias e escolas.
Grupos considerados mais vulneráveis incluem jovens em situação de bullying, população LGBTQIAPN+, pessoas negras e indígenas, indivíduos com transtornos mentais não tratados, usuários de substâncias químicas e pessoas em situação de violência ou pobreza extrema.
Estudos mostram que cerca de 90% dos suicídios poderiam ser prevenidos com acolhimento, apoio emocional e tratamento adequado. Por isso, a campanha de setembro reforça a importância de conversar, ouvir e oferecer ajuda.
Quem enfrenta dificuldades emocionais pode buscar apoio no CVV, pelo telefone 188 ou no site cvv.org.br, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nas unidades de saúde ou com pessoas de confiança, como familiares e amigos.
O Setembro Amarelo é um convite para conversar, escutar e apoiar. A vida, por mais difícil que pareça, sempre vale a pena.

