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Superação e inspiração: Atleta paralímpico volta a Cruzeiro do Sul 13 anos após acidente trágico

Treze anos após um trágico acidente que comoveu a cidade, o jovem Luan de Lima Pereira, 21 anos, retornou a Cruzeiro do Sul neste sábado (20) para um evento de inclusão e esporte paralímpico. Aos 8 anos, em 2012, Luan e sua irmã, Laiane, de 10, foram atropelados a caminho da escola. Laiane não resistiu, e Luan teve as duas pernas amputadas.

Hoje, a dor do passado foi transformada em motivação. Morando em Rio Branco, onde é universitário, Luan se tornou um atleta paralímpico de natação, competindo em nível nacional e representando o Acre. Nas modalidades nado livre, crawl e costas, ele já conquistou medalhas de ouro, prata e bronze em competições em Brasília e Rio Branco e agora se prepara para disputar provas em São Paulo.

Durante o evento no Sesc, Luan deixou uma mensagem de esperança. “Superação, enfrentamento, continuando sempre em busca. A vida continua, não paramos. Não é porque você tem alguma deficiência que não pode competir ou chegar onde deseja. Não desistam, nunca parem”, disse.

A mãe de Luan, Maria José de Lima Pereira, mudou-se com o filho para a capital após o acidente, enfrentando desafios como a falta de acessibilidade. O apoio de grupos do paradesporto foi crucial para que o jovem encontrasse no esporte um caminho para a autonomia e o sucesso.
Shirley Lessa, coordenadora das Paralimpíadas no Acre, destacou a importância de Luan. “Luan é exemplo de desenvolvimento e superação. De de vítima de um acidente trágico, tornou-se atleta que leva medalhas para o Acre e fortalece o paradesporto no estado. Ele segue os passos de outros nomes de destaque, como o velocista Edson Pinheiro, também de Cruzeiro do Sul”, afirmou.

O evento, realizado pela Secretaria de Esportes e Lazer do Acre, visa incentivar a prática esportiva inclusiva para pessoas com deficiência. Para Luan, o retorno à sua cidade natal foi um momento de gratidão e renovação de seu compromisso. “Estou aqui prestigiando esse dia sobre inclusão. Minha história mostra que, com apoio e dedicação, é possível transformar dor em conquistas”, concluiu.

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