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Acre está entre os três melhores estados na prestação de informações sobre emendas

Um levantamento da Transparência Internacional sobre governança pública colocou o Acre entre os Estados com pior desempenho em transparência em 2025. O Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP) apontou que o Acre obteve apenas 50 pontos, ficando à frente apenas de Roraima (48) e Amapá (47).

Apesar da baixa pontuação geral, o Acre foi um dos três Estados que prestam informações completas sobre a destinação de emendas parlamentares, ao lado de Minas Gerais e do Distrito Federal. Essa modalidade de recurso tem ganhado peso nos orçamentos estaduais e federais e, segundo especialistas, exige fiscalização rigorosa para evitar irregularidades.

De acordo com o relatório, a nota baixa do Acre revela fragilidades em áreas como:

O estudo mostra que apenas três Estados no Brasil apresentam informações completas sobre o nível de execução física de obras e somente cinco sobre a execução financeira — o Acre não está entre eles.

Em entrevista ao Estadão, Renato Morgado, gerente de Programas da Transparência Internacional, a ausência de dados detalhados aumenta o risco de corrupção: “A transparência é um mecanismo tanto de prevenção, já que desestimula atos de corrupção, quanto de detecção da corrupção.”

Ele destacou ainda que o crescimento das chamadas “emendas Pix” — transferências diretas de recursos aos Estados sem necessidade de convênios — reforça a necessidade de informações claras e acessíveis à sociedade.

Enquanto Estados como Espírito Santo (95 pontos), Goiás (93), Minas Gerais (89) e Ceará (89) foram avaliados como de desempenho “ótimo”, o Acre aparece na parte final da lista, classificado apenas como “regular”.

A média nacional ficou em 69,8 pontos, considerada “boa” pela entidade.

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