A morte da recém-nascida Maria Alice, ocorrida no Hospital Maria da Glória Dantas de Lima, em Ipixuna (AM), provocou comoção e revolta nas redes sociais e entre moradores da região. Imagens que circulam na internet mostram a bebê em uma espécie de incubadora improvisada, feita com a tampa de um recipiente plástico para bolos — uma cena que gerou indignação e levantou sérias denúncias sobre a precariedade da estrutura hospitalar no município.
Segundo familiares, Maria Alice nasceu prematura, com cerca de 32 semanas de gestação, na tarde da última segunda-feira (27). Apesar da condição delicada, a equipe médica não teria providenciado a transferência da recém-nascida para Cruzeiro do Sul (AC), cidade vizinha que conta com unidade neonatal equipada para casos como o dela.

A mãe, Francisca Saira Souza da Silva, ficou inconsolável ao ver a filha sendo colocada sob uma tampa plástica, mesmo havendo uma incubadora no hospital. De acordo com relatos, os profissionais alegaram não saber operar o equipamento.
Maria Alice nasceu por volta das 14h40 e faleceu na madrugada de terça-feira (28), por volta das 5h. Familiares afirmam que, após a morte, chegou a circular a informação de que a bebê ainda estaria viva e seria transferida, o que aumentou ainda mais a dor e a revolta da família.
A população local e internautas reagiram com veemência ao caso, denunciando negligência médica e a falta de preparo da unidade hospitalar. Comentários nas redes sociais apontam para o descaso com a saúde pública em Ipixuna e cobram providências das autoridades.
Até o momento, a direção do hospital não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. O caso reacende o debate sobre a urgência de investimentos em infraestrutura e capacitação profissional na rede pública de saúde, especialmente em regiões isoladas da Amazônia.

