Durante entrevista ao Em Cena, o podcast do ContilNet, nesta terça-feira (14), o governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), falou abertamente sobre as eleições presidenciais de 2026 e revelou seu apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o principal nome da direita para a disputa.
Gladson também criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ideia de que apenas uma família deva comandar a direita no país.
“Aí eu vou falar por mim, tá? E como eu sou muito autêntico, eu não vou deixar de… porque é do lado da direita, eu vou ficar calado. Primeiro que o Eduardo [Bolsonaro] tem que saber o que é que ele quer da vida — se quer morar nos Estados Unidos ou quer ser deputado federal — e parar de estar dando pitaco aqui nessa direita”, disse.
O governador acreano afirmou que Tarcísio de Freitas se consolidou como uma grande liderança nacional e que está preparado para representar o campo conservador nas eleições presidenciais.
“O Tarcísio hoje é um homem que se consolidou como uma grande liderança, governa o maior estado da federação brasileira, que é São Paulo. Eu o conheço, sei da sua qualidade, da sua determinação, e está aí com o cavalo selado pra montar, pra ser candidato”, destacou.

Gladson critica Eduardo Bolsonaro, diz que a direita não pode ser comandada por uma única família e reforça apoio a Tarcísio/Foto: Reprodução
Gladson defendeu que a direita precisa se unir em torno de um nome que possa representar o campo político de forma ampla e moderada, sem personalismos nem radicalismos.
“Se o presidente Bolsonaro não pode ser candidato, perfeito. Temos outros nomes, como o governador de Goiás, o Caiado, e outros. O que eu não gosto é dessa ideia de que o país tem que ser governado por uma única família. Eu acho que chega dessa discussão do extremismo. Está na hora de pacificar o país, está na hora de realmente a direita ter um candidato, e eu defendo o nome do Tarcísio”, afirmou.
O governador também ressaltou que o paulista conhece a realidade amazônica, lembrando obras executadas por Tarcísio quando foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, como o aeródromo de Assis Brasil e a ponte sobre o Rio Abunã.
“O Tarcísio conhece o Acre. Ele foi quem fez o aeródromo de Assis Brasil, a ponte sobre o Abunã. Ele conhece a realidade do homem amazônida, a realidade do interior do país. Ele governa o maior estado da federação, e eu vou subestimá-lo, um candidato desse? Não. Eu disse pra ele: venha, se coloque à disposição. Naturalmente, está caindo no colo dele, só não vê quem não quer”, completou.
Gladson finalizou criticando o radicalismo político e defendendo a moderação e o diálogo entre os poderes.
“Quem quiser achar ruim que ache. Eu sou sensato, não gosto de extremismo, não gosto de radicalismo. Nós precisamos acalmar os ânimos, acabar com essa guerra de disputa entre os poderes. Quem está perdendo é a população. O povo não aguenta mais esperar. Eu não sou extremista, sou focado na administração e quero chegar no ano que vem com um discurso pronto para a sociedade”, concluiu.