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Ministro da Justiça diz que Lula ficou estarrecido com número de mortos no Rio e falta de coordenação com governo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “estarrecido” com a operação no Rio contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em mais 120 mortes até o momento.

Após reunião no Palácio da Alvorada, Lewandowski falou sobre o assunto ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.

— O presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais. (Lula) se mostrou supreso que uma operação (dessa magnitude) fosse desencadeada sem conhecimento federal — disse Lewandowski.

Questionado sobre a possbilidade de decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), operação por meio da qual as Forças Armadas Brasileiras, de forma provisória, exercem atividades de segurança pública, o ministro respondeu que a medida só pode ser tomada se houver pedido do governador.

— Essa lei complementarregulamenta a organização das Forças Armadas, o artigo 15, estabelece, que a operação GLO primeiro tem que ser requerida pelo governador. Não é ação espontânea do governo federal ou presidente da República.

Lewandowiski argumentou que o Executivo não poderia tomar essa medida de forma isolada.

— Isso (decretação de GLO) é uma decisão do presidente da República. Primeiramente, ele (Castro) precisa reconhecer a incapacidade das forças locais de debelarem o crime organizado e, sobretudo, a situação de intranquilidade em que se encontra o Rio de Janeiro. Isso depende dele. Essa hipótese não foi abordada porque não se colocou na mesa essa questão. Não há pedido — disse Lewandowski.

O ministro também destacou a ação de transferência de criminosos da facção, em acordo com o governador Cláudio Castro. Também ressaltou que o governo federal está disposto a colaborar com peritos criminias, médicos, e informações de banco de dados de DNA.

Lewandowski também falou sobre a ida de uma comitiva do governo Lula ao Rio.

— Vamos ouvir o governador e saber o que é que ele precisa.

Segundo o ministro, a Força Nacional de Segurança está no Rio desde 2023.

— Tivemos 11 renovações a pedido do governador. Temos um intenso trabalho da PF que desbaratou várias quadrilhas de tráfico de drogas e armas.

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