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O que ninguém tem coragem de falar para Bolsonaro sobre a anistia

Parlamentares e lideranças políticas que visitam Jair Bolsonaro na prisão domiciliar veem o ex-presidente confiante de que pode ser beneficiado por uma anistia ampla.

Apesar de haver consenso entre a maioria de seus aliados de que uma proposta que perdoe seus crimes não irá prosperar, ninguém tem coragem de ser o portador da má notícia.

A avaliação é que, hoje, o foco precisa ser a mitigação de danos para o capitão reformado, e que a prioridade do momento seria a tentativa de garantir que ele não vá para a prisão comum, como a Papuda. A maior preocupação é com o estado de saúde do ex-presidente.

A articulação do PL, seu partido, em defesa da anistia ampla é considerada um “dever a ser cumprido”, mas sem chance de trazer resultados efetivos para Bolsonaro, até por não ter chance de avançar no Senado.

Depois de aprovar a urgência da proposta na Câmara, as dificuldades de consolidar um texto que beneficie o ex-presidente se impuseram, e hoje o projeto que prospera em alguma medida é aquele que prevê a redução de penas aos condenados do 8 de janeiro.

A expectativa era a de que o tema pudesse ser votado na Casa nesta semana. Agora, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, admite que a proposta deve ser apreciada na semana que vem.

Como informou a coluna, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é um dos aliados de Bolsonaro que não crê no avanço da anistia ampla e defende a redução de danos para o ex-presidente. Ele avalia para interlocutores que, no momento, o foco deve ser a redução da pena e a manutenção da prisão domiciliar do capitão reformado.

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