O Acre registrou, em 2023, o maior avanço econômico do país, conforme atualização divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado apresentou uma expansão de 14,7% em seu Produto Interno Bruto (PIB), crescimento que superou com folga a média nacional, estimada em 3,2%.
O salto no desempenho está diretamente ligado à força do setor agropecuário, em especial, à ampliação das áreas de cultivo de soja, e ao fortalecimento das atividades de serviços, com peso significativo das áreas públicas de saúde, educação, administração e assistência social.
Além do Acre, apenas Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%), Tocantins (7,9%) e Rio de Janeiro (5,7%) apresentaram números considerados robustos no período analisado.
Mesmo com o avanço expressivo, a fatia acreana na economia brasileira permaneceu em 0,2%. Segundo o IBGE, isso ocorre porque, apesar de ter crescido com intensidade, o estado ainda possui uma base econômica menor quando comparada a unidades da federação mais consolidadas.
O estudo também revela que, entre 2002 e 2023, o Acre acumulou uma média de expansão anual de 3,9%, ficando em quarto lugar no ranking nacional, atrás apenas de Mato Grosso, Tocantins e Roraima. Nesse intervalo, o volume total da economia acreana aumentou 122%.
Quando analisado o PIB per capita, o estado ocupa a 17ª posição. Em 2023, o indicador ficou em R$ 31.675,60, abaixo da média do país, de R$ 53.886,67, porém acima de unidades como Pará, Rio Grande do Norte, Bahia e toda a região Nordeste.
O IBGE aponta ainda que 2023 foi o primeiro ano, desde 2021, em que todos os estados brasileiros registraram crescimento. A região Norte, com expansão de 5,8%, ampliou sua participação no cenário econômico nacional, evidenciando a mudança gradual do eixo de dinamismo para além do Sudeste.

