Ícone do site O Juruá Em Tempo

Britânico de 24 anos morre afogado em 15 cm de água após tomar remédio usado para ansiedade e epilepsia, diz inquérito

Um inquérito em Doncaster, no condado de South Yorkshire, no Reino Unido, concluiu, neste mês de novembro, que Roan Bloore, de 24 anos, morreu afogado em apenas 15 centímetros de água enquanto esvaziava uma piscina infantil no jardim da casa da família. O caso ocorreu em 25 de junho e foi detalhado em audiência no Tribunal do Legista de Doncaster, que ouviu relatos de familiares, testemunhas e peritos.

Segundo as informações apresentadas, Roan havia ingerido comprimidos de pregabalina antes do acidente. O medicamento, prescrito normalmente para ansiedade e epilepsia, havia sido receitado ao pai da vítima. Exames toxicológicos apontaram níveis considerados “excessivos, mas não fatais” da substância em seu sangue, além de ferimentos compatíveis com afogamento.

Investigação e depoimentos

De acordo com a BBC News, a assistente do legista, Elizabeth Wheeler, afirmou durante a audiência que Roan era conhecido por utilizar medicamentos prescritos para outras pessoas e, em algumas ocasiões, drogas recreativas.

Ela avaliou que a “toxicidade aguda da pregabalina” comprometeu suas capacidades cognitivas e motoras, reduzindo a possibilidade de reação ao se ver submerso na água rasa.

“Concluo que a intoxicação contribuiu, ainda que minimamente, para a morte do Sr. Bloore”, declarou. O caso foi registrado oficialmente como afogamento acidental.

Roan ficou cerca de dez minutos na piscina antes de ser encontrado por um amigo da família, que se desesperou ao vê-lo de bruços.

A irmã da vítima, Abigail, relatou que os paramédicos tentaram reanimá-lo por aproximadamente uma hora e, já no hospital, conseguiram reativar os batimentos cardíacos, mas o dano cerebral causado pela falta de oxigênio levou à falência dos órgãos. Ele morreu na manhã seguinte.

O pai do jovem, Michael, descreveu a perda como um “pesadelo do qual você simplesmente não consegue acordar”, em entrevista à ITV News. Ele destacou o vínculo com o filho, que o acompanhava em tarefas do dia a dia e era considerado “muito carinhoso”. “É horrível. É algo que você nunca imaginaria que aconteceria com você”, disse.

Sair da versão mobile