Um recente boletim epidemiológico sobre a dengue no Acre revela um panorama preocupante: a doença tem afetado a população feminina de forma mais intensa. Dados contabilizados entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 a 44 de 2025, período que se estende do início do ano até o dia 1º de novembro, indicam que, em todas as categorias de idade, o número de casos prováveis em mulheres ultrapassou o registrado em homens.
O estudo aponta para a necessidade de atenção redobrada nos esforços de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, especialmente em ambientes frequentados pelo público feminino.
A análise dos casos prováveis por sexo e faixa etária em 2025 mostra que a predominância feminina ocorre de forma consistente em todos os grupos. A maior concentração de casos prováveis de dengue ocorre nas faixas etárias economicamente ativas.
O grupo de 20 a 34 anos é o mais afetado no estado, onde as mulheres contabilizam 1.416 casos, um número significativamente superior aos 1.115 notificados em homens.
A tendência de maior incidência feminina se mantém nas faixas seguintes:
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35 a 49 anos: As mulheres somam 989 casos, contra 747 em homens.
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50 a 64 anos: Foram registrados 520 casos femininos, ante 422 em masculinos.
Mesmo nas faixas etárias extremas, a incidência é maior entre as mulheres. Por exemplo, no grupo etário de 80 anos ou mais, foram 45 casos em mulheres contra 31 em homens.
Dados gerais sobre a dengue no Acre
De forma geral, o Acre registrou 7.276 casos prováveis de dengue neste ano, com 4.534 casos confirmados laboratorialmente. A capital, Rio Branco, é o município com a maior carga da doença , acumulando 12.248 notificações e 3.402 casos confirmados.
Apesar do número de casos prováveis totais em 2025 ser inferior ao mesmo período de 2024 (7.276 vs. 8.474), o gráfico de Casos por Semana Epidemiológica mostra uma alta concentração de ocorrências nas primeiras semanas de 2025 (linhas vermelhas), caracterizando um período sazonal de forte circulação viral.
