O desespero tomou conta da casa de uma moradora do Polo Benfica, em Rio Branco, que decidiu pedir ajuda depois de acorrentar próprio filho após viver, por anos, sob ameaças e agressões. A situação chegou ao limite nesta semana, quando Raimunda de Souza Claudino, 49 anos, recorreu a mídia por não saber mais como lidar com o comportamento do rapaz, hoje com 18 anos. O caso foi divulgado em uma reportagem exclusiva da TV Gazeta.
Segundo ela, os episódios de violência começaram ainda na adolescência do jovem/ Foto: TV Gazeta
Segundo ela, os episódios de violência começaram ainda na adolescência do jovem e se intensificaram com o uso de drogas. Sozinha na maior parte do tempo, a mãe tenta impedir que o filho coloque a própria vida e a da família em risco, mas afirma não receber o suporte necessário de nenhum órgão público.
Raimunda diz que já buscou atendimento médico, procurou o Ministério Público e acionou o Conselho Tutelar em diferentes momentos, mas nunca obteve encaminhamentos que resolvessem a situação. Ela relata que o filho vive momentos de forte agressividade, alternados com o uso frequente de álcool e entorpecentes.
A rotina dentro de casa é marcada pelo medo/ Foto: TV Gazeta
A rotina dentro de casa é marcada pelo medo. A mãe afirma sofrer ameaças constantes e já ter sido agredida diversas vezes. O esposo dela, padrasto do rapaz, também teria sido alvo de violência física. Em um dos episódios, segundo a família, ele chegou a ficar ferido no rosto após ser atacado pelo jovem.
Mesmo com acompanhamentos esporádicos e uso de medicamentos, Raimunda conta que nunca recebeu um diagnóstico definitivo. Ela afirma que tenta seguir as orientações médicas, mas não vê melhora no comportamento do filho. Em alguns casos, segundo ela, os remédios sequer estão disponíveis nas unidades de saúde.
Ela relata ter acionado polícia, Samu e Ministério Público, sem conseguir uma resposta/ Foto: TV Gazeta
A situação é tão delicada que a própria mãe, em determinado momento, precisou buscar o rapaz em uma área de venda de drogas e chegou a pagar para que ele voltasse para casa, temendo que algo pior acontecesse.
Familiares relatam que já procuraram ajuda em diferentes órgãos, incluindo saúde, segurança pública e sistema de proteção social, mas dizem que os atendimentos nunca resultaram em ações efetivas. Eles temem tanto pela integridade da família quanto pela vida do jovem.
A irmã de Raimunda, que acompanha a situação de perto, afirma que as tentativas de buscar apoio têm sido desesperadoras. Ela relata ter acionado polícia, Samu e Ministério Público, sem conseguir uma resposta que garanta segurança ou encaminhamento adequado.
Sem alternativas e vivendo sob constante tensão, a família decidiu tornar o caso público/ Foto: TV Gazeta
Sem alternativas e vivendo sob constante tensão, a família decidiu tornar o caso público na esperança de conseguir um atendimento especializado que permita proteger todos os envolvidos. Eles pedem que o poder público intervenha de forma definitiva, oferecendo tratamento adequado e suporte para a mãe, que diz viver em estado permanente de alerta.

