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Djavan: ‘Falo bastante de amor, mas não sei nada sobre ele’

Por Redação Juruá em Tempo.11 de novembro de 202515 Minutos de Leitura
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Harmonias complexas, diversidades de estilos e letras poéticas. É puro suco de Djavan o disco “Improviso”, que o cantor e compositor de 76 anos lança nesta terça-feira (11), três anos depois de “D”. Tem também homenagens a Gal Costa, intérprete luminosa de várias canções do alagoano, e a Michel Jackson, além de música inspirada nos netos. Tudo gravado em seu estúdio caseiro, no Rio de Janeiro, com uma banda que o acompanha há anos, além dos filhos, João e Max. É gente talentosa, que domina os códigos musicais do artista e permite que ele voe com segurança e fluidez por suas composições.

Djavan

Mas, mais do que tudo, o álbum é Djavan em plena forma, fazendo o que mais sabe: falar de amor. Como acreditar que ele não entende nada desse sentimento? É o que o artista, que prepara turnê de 50 anos de carreira só com hits para 2026, afirma em entrevista ao “Conversa vai, conversa vem“, videocast do GLOBO que vai ao ar hoje, 18h, no YouTube e no Spotify, afirma Leia trecho abaixo:

“Improviso” é um disco de amor em meio a um mundo e um Rio de Janeiro em guerra. Só o amor salva?

O amor é o princípio da vida. O entendimento entre as relações, entre pais e filhos, famílias, amigos. O amor é tudo. Tudo que se faz tem como fundamento o amor. As ações que regem o indivíduo estão sendo puxadas pelo amor. Sem isso não dá para pensar na vida, ela tem que perseguir essa célula vital que é o amor.

Você poderia dizer um simples ‘eu te amo’, mas prefere ‘todas as horas que o tempo tem pra me conceder/ são tuas até morrer’, como diz na canção “Um amor puro”…

Falar de amor é desafiador, porque é impossível se repetir. É um sentimento que se transforma a cada momento, para cada pessoa. Isso me move de maneira incomensurável. Carrego esse sentimento naturalmente. É preciso se conectar com o amor para se ter uma vida expansiva, produtiva.

Djavan — Foto: Divulgação

Gosto porque você não romantiza o amor romântico, com perdão da redundância. Fala das dificuldades, dos mistérios, do nada garantido. O verso “ir atrás do amor é um jazz”, da canção “Um brinde”, é a ponte entre a incerteza do amor e os movimentos não programados do improviso musical, que dá título ao disco?

Quando descobri essa frase, fiquei feliz. É exatamente isso. Não há um porto seguro para chegar, estamos procurando na névoa da vida inteira. Isso é a busca pelo amor, e o que faz dessa busca um desafio instigante. Todo mundo precisa ir em busca do amor. Nem todo mundo encontra no momento que está buscando. Pode ser que venha inadvertidamente, de outro lugar. Mas a busca é constante.

Suas canções trazem reflexões para além da música, são para a vida. “Um coração fechado, não dá resultado, não atrai ninguém”, diz “Um grande bem”. Não são só experiências que viveu. Há observações sobre como as coisas se dão mundo, das pessoas, e há muita intuição, né?

Não tive muitos amores. Primeiro, fui casado por 24 anos (com Maria Aparecida dos Santos Viana) e estou há 28 com a Rafa (Rafaela Brunini). Mas a gente observa. A amor é isso: tem que observar, estar disponível para deixar a coisa fluir e aprender como lidar. Cada caso é um. Tem que ter a capacidade de absorver códigos, ensinamentos, para se jogar nessa questão.

Mas entre um casamento e outro teve um intervalinho, né? Namorou muito?

Quando separei da Aparecida, falei: “Caramba, agora vou sair matando, vai ser incrível”. Um ano depois, encontrei a Rafa. Acho que é mais profícuo, gostoso e fácil viver comprometido. Você usufrui melhor desse sentimento. A vida torna-se uma coisa mais cheia, completa quando você ama.

Como manter a chama acesa após 28 anos?

Observar o outro sempre. Não estou aqui para ensinar nada sobre o amor, porque eu não sei. Mas o que posso dizer com relação a mim e à Rafa é que a gente se respeita e quer que a coisa dê certo. Isso é meio caminho andado. Tem que ceder o tempo todo. Amor é ceder, compreender, aceitar. A vida é dinâmica. A Rafa com quem casei há 28 anos não é a mesma de hoje, tampouco eu.

Nunca teve medo de falar de amor, ao contrário de muitos homens com dificuldade de abrir seus sentimentos tolhidos pelo mundo patriarcal que associa sensibilidade à fragilidade. O que te fez assim?

A questão do amor exige coragem para se jogar num sentimento que pode te surpreender não positivamente, em vários momentos. É um sentimento que vai reger uma vida, uma relação, então não podia ser fácil mesmo. O amor não é palpável, é conquistável. Ele se move, tem uma conjuntura própria para cada indivíduo, para cada encontro. Falo bastante de amor, mas não sei nada sobre amor. Eu sou um transeunte na questão. Eu estou aprendendo, observando. A grande questão é essa, observar sempre.

É preciso ter sofrido muito para adquirir essa propriedade ao falar de amor?

A observação você tem que ter. Porque não adianta observar e passar batido. Você tem que observar e estar atento para as mudanças.

A canção “Um affair” traz uma visão libertária da relação amorosa: “Num harém, o pecado é de ninguém, tudo é de graça, nada se tem”. Como enxerga as relações amorosas contemporâneas, amores líquidos, não monogamia?

Existe amor para tudo, combinações que levam a todo tipo de resultado. Quando falo de harém é para simbolizar isso: também é um tipo de amor, existe amor nesse tipo de relação. As relações amorosas são várias e precisam ser compreendidas, aceitas. Elas dependem de acordos.

O disco traz a regravação de ‘O vento’, sua com Ronaldo Bastos, gravada por Gal Costa em 1987. Ela, que deu voz luminosa às suas músicas, merecia essa homenagem, não é? O que sentia quando ela cantava suas músicas?

Antes de mais nada, Gal era uma grande amiga, uma pessoa elegantíssima, maravilhosa, e uma cantora expressivíssima, que vai fazer falta a vida inteira. Gravou 13 músicas minhas, fizemos “O vento” para ela. Eu sentia quase como uma extensão minha, porque ela entendia perfeitamente tudo com uma facilidade enorme. As nuances melódicas… era uma delícia conviver com a Gal. Quando ela abria aquele sorriso, derrubava tudo que estava em volta.

A música em que homenageia Michael Jackson foi composta também nos anos 1980 a pedido do Quincy Jones, para o disco “Bad”, não foi isso? Por que não entrou no álbum?

Não mandei a música em tempo hábil. Fiquei na dúvida se mandava, não levava fé que aquilo fosse frutificar. Aí, fui para os Estados Unidos, e Quincy promoveu o encontro com o Michael. Foi ótimo e não falamos nisso. Ele já estava com o disco pronto. Quando voltamos, meus filhos falavam: “Você tem que gravar essa música”. Falavam até hoje. E eu achando que não fazia muito sentido, porque fiz para ele, a ideia era ele fazer uma letra. Não rolou. Agora, fiz uma letra e resolvi gravar.

Sua música sempre foi popular. Apesar da complexidade, integrou muita trilha sonora de novela. Aquele seu show gratuito na Praia de Copacabana, no ano passado, foi um marco na sua carreira. Gente de todas as idades cantando suas músicas do começo ao fim. Melhor resposta para quem foi taxado de fazer “música difícil”, não é?

O fato de ter entregue minha vida a isso… Estou na música desde os 16 anos. Trabalhando ininterruptamente, fazendo só o que eu quero, o que gosto, o que preciso e sinto. Talvez por isso ela é tão aceita.

Recentemente voltou à orla de Copacabana num show contra a PEC da Blindagem e o projeto de Anistia, ao lado do Caetano, Gil, Chico, Paulinho da Viola? Foi um posicionamento político bem claro…

Sim, e o mesmo de sempre. Falei até com os meninos, essas rapazes que você citou: “Tô me lembrando de quando fizemos isso trinta anos atrás. A gente começou nessa pela democracia, pela liberdade, pelo direito do cidadão poder escolher, se manifestar”. Me senti assim de novo. E vou me sentir quantas vezes for necessário precisar da minha presença.

Já revelou ter um pouco de inveja de Gil e Caetano por fazerem parte de uma turma, o que você não teve…

Exatamente isso, pela coisa afetiva, psicológica. Passaram momentos difíceis juntos, exilados. Não tenho história para contar com parceiros, sinto certa falta. Eles sempre foram generosos e atentos, viram que estava chegando uma pessoa que precisava ser acolhida e compreendida. Porque tenho esse problema de ter uma música taxada como estranha, difícil, desde que cheguei. E eles perceberam que tinha uma coisa ali diferente. Foram muito importantes na minha vida.

Vivemos uma ‘djavanmania’. Suas músicas tocam em todas as festas, artistas jovens te citam em músicas, há livros, musicais. Como vê a descoberta da sua obra pela nova geração?

Sempre busquei a diversidade na música e achei que a diferenciação entre um gênero e outro é o que me faria feliz. Isso desde que me encontrei diante de uma megadiscoteca do pai de um amigo meu, que me mostrou toda essa diversidade. Ela proporciona público diverso em faixa etária, classe social, racial, econômica. É gratificante, porque não é fácil se manter aí num estado de coisas como essa. Vou fazer 50 anos de carreira em 2026 e me sinto completamente dentro. Como nunca deixei de me sentir. Isso, pra mim, é tudo.

Teve filhos em várias idades diferentes, deve ter sido um pai diferente para cada um…

Dessa última geração, quase sou mais filho do que pai. Olha a Flavia… Costumo dizer que o indivíduo só é completo depois que é pai ou mãe. É ilusão achar que ensina, porque a gente mais aprende com os filhos do que ensina. Aprendi com os primeiros e estou aprendendo muito com esses agora.

Mas e quem não quer ter filho não vai ser completo?

Ótimo também. Vai ser um indivíduo diferente. Mas acho que os filhos dão ao indivíduo a completude, aquela concretude ao ser humano, entendeu?

‘Sinto muito não ter dado à minha mãe a vida que ela merecia’

Sua mãe trabalhava como lavadeira, e seu pai, caixeiro viajante, sumiu no mundo. Ela sustentou três filhos e dois sobrinhos sozinha. Dizia que você era predestinado ao canto e morreu antes de congestão intestinal sem te ver fazendo sucesso. Isso dói?

Sinto muito não ter dado à minha mãe a vida que ela merecia. Não pude dar enquanto ela era viva, infelizmente. Cinco, dez anos depois, eu poderia. Deus não quis assim. Ela foi aquela pessoa que brigou por todos, teve muito pouco da vida. O que teve foi a chance de nos guiar, a mim e aos meus irmãos, com ensinamentos, palavras, amor, carinho, aconchego. Mas ela mesma não teve nada disso. Isso me entristece, às vezes.

Qual a diferença do letramento racial dado a você por sua mãe e o que você passou aos seus filhos?

Minha mãe queria me proteger. Para eu não ser hostilizado, maltratado… Fez o que tinha que fazer. Dizia: “Meu filho, tem que compreender que o negro não pode ir a todos os lugares”. Hoje, digo diferente: O negro tem que estar em todos os lugares. Tem que brigar. Porque a vida é de todos. O negro tem direito à vida assim como o branco, o galego, o marrom.

Disse numa entrevista a Bruna Lombardi que a pessoa preta aprende a viver de maneira contida por causa do racismo. Em que medida a sua timidez está ligada a esse fato?

Não sei se está ligado ao fato de eu ser negro. Mas se proteger de uma situação adversa é natural. E acho que não mudou. O negro continua sendo hostilizado, preterido, não é aceito de maneira natural. Para conseguir uma posição, tem que mostrar dupla capacidade, trabalhar, estudar muito mais para chegar no mesmo lugar que o branco chegaria com naturalidade. A sociedade formatou um mundo para o branco. É o branco que governa, que domina as ações do mundo. Eles fizeram esse mundo para eles mesmos. O negro só entra se for muito raçudo, muito foda. Se não for, não tem espaço.

Ter sido preso numa loja de piano ao tentar comprar um instrumento foi o pior episódio de racismo que você sofreu?

Isso foi loucura. Estava ali para comprar um piano elétrico, um Fender Rhodes. E os caras me levaram porque acharam que o negro não podia estar numa loja como aquela para comprar um piano. No mínimo, era para assaltar… Pegaram a mim e o Tadeu (divulgador), nos levaram puxando numa condição humilhante. Pediram a carteira de trabalho, dei a músico, minha categoria.

Acharam ridículo, começaram a rir e disseram: “Vai cantar agora na prisão”. Chegaram na Praça da Sé, pegaram nossas bolsas de tricô e despejaram no chão. Começou a juntar gente, alguém me reconheceu, ligaram para a Odeon, minha gravadora, que mandou um advogado. Mas fiquei cinco horas lá dentro, me levaram para a cadeia junto com os marginais ali. Cinco horas! Até chegar um advogado para me tirar.

Você já se definiu como “um poste” no começo da carreira. Paradão, não olhava para a plateia de tão tímido. Começou a se soltar com “Te devoro” e agora dança lindamente pelo palco. Essa mudança influenciou a sua música, pensa no seu corpo em movimento quando compõe?

Não influenciou a música, mas a carreira se expandiu do ponto de vista do público a partir daí. Porque quando você dança, instiga o outro a dançar também. E aí traz todo mundo junto para aquela dança. Depois que comecei a dançar, senti que o meu público não só aumentou, como se fragmentou em vários tipos de plateia. E as pessoas falam que adoram o meu show para ouvir e dançar. Acho que isso não tem volta. Às vezes, penso: “Gente, não vou poder manter isso e ficar dançando o tempo todo. Daqui a pouco, as pessoas não vão gostar mais de me ver dançando, como vou continuar nesse negócio?”. Mas relaxei. Não tem como…

Você enfrentou o tremor essencial, doença ligada à privação de sono, que muita gente confundiu com Parkinson porque você tremia. Como está sua saúde? Está dormindo?

Estou dormindo bem. Comer e dormir bem é a mola da vida. Como muito bem, a Rafa é rigorosa, é comida saudável, sem gordura.

Ela quem cuida da comida da casa? E você lava a louça?

Ela cuida do cardápio. Sou meio inútil dentro de casa, não faço muita coisa, não tenho tanta habilidade. Nunca consegui fazer um ovo, por uma razão simples: não sei quebrar. Quando tento, cai casca dentro da panela. A Rafa já tentou me ensinar. Aperto com muita força. Sabe que isso é uma frustração? Tenho que servir pra alguma coisa, né? Não saber fazer um ovo é um absurdo! Passo fome se não tiver ninguém que faça. Olha que coisa horrível.

É mesmo. Come carne? Bebe?

Não como carne vermelha há quase 30 anos. Não fumo, álcool é pouquíssimo, quase não bebo. Não consigo mais tomar uma taça de vinho sem sair do meu normal. E odeio a sensação de embriaguez. Fui assim meio a vida inteira. Nunca fui de droga. Maconha, uma vez ou outra e tal. Mas droga mesmo, pesada, nunca nem experimentei.

Com a maturidade e a experiência da vida, a forma com que vê a morte mudou? Como a sua percepção sobre a finitude evoluiu ao longo dos anos e como isso se reflete na sua vida e na sua arte. Pensa no fim?

Não vejo a morte porque não olho para ela, me recuso. Não tenho medo dela, mas da dor que pode produzir. Entendo a morte como passagem para outra escala. Não tenho nada com deixar de ter o que se tem aqui, acho que terei algo melhor. Acredito piamente na reencarnação. Temos que nos preparar para a próxima dimensão, fazer as coisas certas. O problema moral e ético é fundamental. Não chego perto de quem não tem ética. Porque contamina. O indivíduo nasceu pra ser íntegro. É preciso também um pouco de sorte, buscá-la. Às vezes, essa condição não está exatamente ao seu alcance. Mas ela existe e tem que brigar por ela.

O que você espera desse disco? Como ele vai encontrar o público?

Espero que seja mais um instrumento paras pessoas se posicionarem diante da vida de maneira amena, produtiva, feliz, entendendo que viver sem buscar a felicidade, o entendimento com os seus pares, família, amores, amigos, não resulta numa coisa boa. Convivendo é que se pode construir uma vida que vai te levar a uma boa morte, digamos assim, já que estávamos falando de morte…

Pretende continuar gravando disco de três em três anos?

Pretendo continuar enquanto puder. A cada disco novo é uma alegria imensa, porque estou fazendo de novo. O estúdio é um dos lugares onde a minha alegria se expande num grau inominável. É o momento da minha vida em que eu estou pleno, botando para fora tudo que consegui acumular. Minha existência depende desse trabalho. Preciso fazer para me sentir feliz, vivo, útil.

Por: O Globo.
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