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Em Cruzeiro do Sul, morador denuncia perturbação do sossego envolvendo casa de policial no bairro da Baixa

Um morador do bairro da Baixa procurou a delegacia na manhã deste sábado para registrar um boletim de ocorrência após, segundo ele, ter acionado a Polícia Militar três vezes em menos de oito dias por perturbação do sossego. As reclamações apontam a residência de um policial militar como origem das constantes algazarras, tanto no período noturno quanto durante o dia.

De acordo com o denunciante, os transtornos começaram no sábado, dia 16, quando o barulho teria iniciado por volta das 22h e seguido até as 6h do dia seguinte. Na ocasião, ele não chamou a polícia. Já na segunda-feira, a perturbação teria continuado, levando-o a solicitar uma viatura para tentar restabelecer o silêncio.

O morador relata que havia som alto, músicas com conteúdo impróprio e conversas excessivamente altas, o que motivou o registro policial. Ele destaca ainda que vários idosos vivem na vizinhança, incluindo uma senhora com transtornos mentais que mora ao lado da residência denunciada, o que torna a situação ainda mais delicada. Para ele, o barulho constante e músicas inadequadas representam desrespeito à comunidade.

Segundo o relato, quando a viatura chegava, o som era reduzido, mas logo aumentava novamente após a saída dos policiais, gerando novas ocorrências. O episódio mais recente teria ocorrido no sábado, dia 25, quando o morador voltou a acionar a PM após o mesmo comportamento se repetir.

Orientado pela guarnição, ele formalizou o boletim de ocorrência na delegacia de Cruzeiro do Sul. O denunciante afirma ter tentado resolver o problema de forma amigável, mas sem sucesso.

“Meu sossego é inegociável. Passo o dia trabalhando e, quando chego em casa para descansar, não tenho sossego. Moro há quase 30 anos no bairro e nunca tive problemas com ninguém”, disse. Ele também criticou a postura do vizinho: “Não é porque ele é policial que vai achar que está no direito de fazer baderna quase todos os dias. A lei do sossego vale para todos — e ele conhece as leis mais do que eu.”

O morador informou que pretende reunir imagens de câmeras de segurança e vídeos como provas para ingressar com uma ação judicial, caso a situação não seja resolvida.

Até o momento, não há posicionamento oficial do policial citado. As ocorrências registradas serão analisadas pela Polícia Civil, que deve apurar responsabilidade e possíveis medidas cabíveis.

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